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Terracotta Ventures levanta R$ 100 mi para investir em startups da construção civil

A gestora de venture capital atraiu investidores como Cyrela e Gerdau; em quatro anos, a meta é fazer aportes em até 20 startups

Investimento: a Terracotta foi fundada em 2019 para fomentar a inovação na construção civil brasileira (Germano Lüders/Exame)
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Carolina Ingizza

Publicado em 11 de março de 2021 às 12h00.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 14h49.

Com investidores como a incorporadora Cyrela e o grupo Gerdau , a gestora de venture capital Terracotta Ventures está captando um fundo de 100 milhões de reais para investir em startups da construção civil. O plano do fundo é aportar capital em até 20 empresas do setor nos próximos quatro anos.

“O crescimento da produtividade da construção civil é um dos pilares estratégicos da Gerdau Next. Estamos entusiasmados com o investimento na Terracotta, reforçando a parceria já existente, ampliando nossas sinergias com as startups do setor, as construtechs”, diz Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau.

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Fundada em 2019, a Terracotta foi criada pelos empreendedores Marcus Anselmo e Bruno Loreto, egressos da empresa de tecnologia Softplan, de Santa Catarina. Na companhia, a dupla foi responsável pela estruturação do braço de corporate venture capital para investir em startups da construção civil. “Na época, em 2010, o movimento era embrionário no Brasil”, diz Loreto.

Dez anos depois, o cenário é outro: há cerca de 700 startups atuando no mercado imobiliário e na construção civil. Somente em 2020, elas receberam juntas mais de 1,5 bilhão de reais em investimentos. As empresas que mais se destacam são a Loft, de compra e venda de imóveis, e a imobiliária digital QuintoAndar, ambas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares.

“A multiplicação do número de startups e de recursos destinados a elas são um termômetro do interesse que o setor desperta”, afirma Loreto. De olho nesse crescimento, os amigos decidiram fundar a Terracotta juntos em 2019. De lá para cá, já investiram em quatro empresas: a EmCasa (que conecta compradores e vendedores de imóveis), a Rede Vistorias (de vistorias imobiliárias), a InstaCasa (de projetos para loteamentos) e a OrçaFascio (um software para orçamento de obras). Juntas, as quatro startups faturaram 35 milhões de reais em 2020.

Para os próximos anos, a gestora aposta que alguns subsegmentos dentro da construção civil ganhem espaço, como o movimento de “real estate as a service”, que reúne empresas como a Housi e Nomah, focadas em prover moradia com experiência do cliente e serviço agregado. “Veremos também a industrialização da construção acelerar. Negócios usando a construção modular tornarão a jornada construtiva mais eficiente e o setor, mais sustentável”, diz Loreto.

Com os 100 milhões de reais no veículo Terracotta Warriors I, a gestora deve acelerar os investimentos para chegar à marca de 20 empresas no portfólio em quatro anos. Os investidores estão buscando startups que possam inovar em todas as pontas do setor, desde a cadeia de suprimentos até as soluções para canteiros de obras, intermediação imobiliária, condomínios, serviços financeiros e outras demandas dos moradores de condomínios.

“Loreto e Anselmo transitam nesse universo há bastante tempo e não ficam na superfície, têm grande capacidade de separar o joio do trigo”, diz Guilherme Sawaya, diretor de transformação digital da Cyrela.

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