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Terceirize a chatice na sua empresa

Os serviços burocráticos e cansativos que podem ser feitos — com mais eficiência e menos custos — por empresas especializadas

Limpeza e arquivo de documentos são serviços que podem ser terceirizados pelas pequenas empresas (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 18h54.

São Paulo - Existem certas tarefas para as quais não tem jeito. Independentemente do setor em que sua empresa atua, elas estão lá, por fazer. Pedimos aos empreendedores da Rede Social Exame PME que elegessem três processos que eles consideram cansativos, complicados e muito difíceis de cumprir com eficiência e a um custo baixo.

Foram apontados faxina do escritório, serviços de portaria e organização de documentos. "Esses serviços de apoio são relegados a segundo plano na maioria das empresas porque não acrescentam nenhum valor ao negócio. Ao contrário, são apenas custos", diz Eduardo Silva, diretor do Grupo FBM, que mantém uma consultoria especializada em gestão. "É melhor terceirizá-los para empresas que conseguirão fazê-los com mais eficiência e a um custo menor."

Procuramos três pequenas e médias empresas em crescimento cujos empreendedores encontraram uma oportunidade de negócio em procedimentos que para os outros são só chateação. Conheça-as a seguir.

1Limpeza de escritório

O empreendedor paulistano Edgar Amato, de 48 anos, é um neurótico por limpeza — pelo menos quando se trata de deixar impecáveis os escritórios dos clientes que são atendidos por sua empresa, a Versátil Limpadora & Manutenção. Ex-gerente de uma companhia do setor, Amato resolveu montar o próprio negócio em 2004.

"Havia uma oportunidade de atender empresas que, mesmo sendo pequenas e tendo poucos funcionários, teriam condições de contratar um serviço especializado para cuidar da limpeza", afirma Amato.


A Versátil compra materiais em grande volume e, ao negociar cada centavo com seus fornecedores, consegue descontos que são repassados aos clientes. A agência de publicidade Click Isobar, de São Paulo, optou pelo serviço há cerca de três anos.

"Serviços extras, como higienização de carpetes e dedetização de ambientes, fazem parte do pacote", diz Manuel Lopes da Silva, supervisor da agência. "Conseguimos diminuir em 40% os gastos com faxina."

Em 2012, a Versátil faturou aproximadamente 2,4 milhões de reais, valor que Amato quer ver dobrar em 2013. A empresa já con­ta com mais de 100 funcionários, que re­cebem treinamento periodicamente. Eles aprendem desde como limpar enormes fachadas de edifícios até como manusear produtos com o mínimo de desperdício.

Em 2013, Amato pretende ampliar os serviços para continuar fazendo a Versátil crescer. "Já estamos colocando à disposição dos clientes alguns serviços básicos de manutenção de salas e escritórios, como reparo de pequenos vazamentos e troca de lâmpadas queimadas e maçanetas defeituosas", diz ele.

2Arquivo de documentos

Os funcionários da mineira Arquivar estão acostumados a trabalhar em ambientes que poderiam servir de cenário para um daqueles programas que mostram a vida de acumuladores, como são chamadas as pessoas que não conseguem jogar nem um papel sequer no lixo.

A especialidade da empresa é pôr ordem nos documentos de clientes como Unimed, Claro e Vale, que precisam manter muita papelada arquivada por anos a fio. O empreendedor Mário Pinho, de 47 anos, e seu irmão Alexandre,  de 40, donos da Arquivar, trabalham com digitalização de documentos desde o início da década de 90. "Quando começamos, tudo era novidade", diz Mário.


Ao contratar esse tipo de serviço, as empresas podem liberar espaços antes ocupados por grandes e volumosos arquivos repletos de pastas. "Temos casos de hospitais que transformaram salas de documen­tos em quarto para os doentes, aumentando suas receitas", afirma Mário.

Quem adquire o serviço também não precisa mais de funcionários para manter a papelada e ainda ganha tempo com a consulta de arquivos, que passa a ser digital. A Arquivar trabalha com um modelo de franquias e possui 25 unidades. Somente a matriz, em Belo Horizonte, cresceu 60% em 2012. O faturamento estimado deste ano é de 30 milhões de reais.

3Serviços de portaria

O paulista Renato Botelho Braz Alves, de 33 anos, trabalhava na área comercial de uma empresa de segurança armada quando criou, em 2006, a RS Serviços, especializada em fornecer mão de obra de profis­sionais de portaria e recepção. Em 2012, a empresa deve faturar algo em torno de 20 milhões de reais, 17% mais que em 2011. "Cuidamos de uma área extremamente importante para a administração de prédios e condomínios", afirma Alves. "A portaria e a recepção desses locais costumam ser os pontos mais vulneráveis em caso de assaltos ou tentativas de invasão."

É por isso que na RS Serviços os profissionais são capacitados a reagir a imprevistos. "Os funcionários devem ser educados ao se relacionar com as pessoas com quem convivem todos os dias, mas também precisam saber o que fazer em situações de perigo", afirma Alves.

Manter profissionais assim por conta própria pode sair caro. Além dos custos com salário, direitos trabalhistas e bene­fícios, gasta-se um bom dinheiro com o treinamento de um profissional que pode permanecer pouco tempo no emprego.

"Conseguimos diminuir em torno de 15% os custos que nossos clientes têm com os vigilantes", diz Alves. A RS Serviços atende cerca de 140 clientes, como a rede de hotéis Holiday Inn e o Hospital das Clínicas, em São Paulo, e já prestou serviços para grandes eventos, como o sorteio dos grupos da Copa das Confederações da Fifa.

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São Paulo - Existem certas tarefas para as quais não tem jeito. Independentemente do setor em que sua empresa atua, elas estão lá, por fazer. Pedimos aos empreendedores da Rede Social Exame PME que elegessem três processos que eles consideram cansativos, complicados e muito difíceis de cumprir com eficiência e a um custo baixo.

Foram apontados faxina do escritório, serviços de portaria e organização de documentos. "Esses serviços de apoio são relegados a segundo plano na maioria das empresas porque não acrescentam nenhum valor ao negócio. Ao contrário, são apenas custos", diz Eduardo Silva, diretor do Grupo FBM, que mantém uma consultoria especializada em gestão. "É melhor terceirizá-los para empresas que conseguirão fazê-los com mais eficiência e a um custo menor."

Procuramos três pequenas e médias empresas em crescimento cujos empreendedores encontraram uma oportunidade de negócio em procedimentos que para os outros são só chateação. Conheça-as a seguir.

1Limpeza de escritório

O empreendedor paulistano Edgar Amato, de 48 anos, é um neurótico por limpeza — pelo menos quando se trata de deixar impecáveis os escritórios dos clientes que são atendidos por sua empresa, a Versátil Limpadora & Manutenção. Ex-gerente de uma companhia do setor, Amato resolveu montar o próprio negócio em 2004.

"Havia uma oportunidade de atender empresas que, mesmo sendo pequenas e tendo poucos funcionários, teriam condições de contratar um serviço especializado para cuidar da limpeza", afirma Amato.


A Versátil compra materiais em grande volume e, ao negociar cada centavo com seus fornecedores, consegue descontos que são repassados aos clientes. A agência de publicidade Click Isobar, de São Paulo, optou pelo serviço há cerca de três anos.

"Serviços extras, como higienização de carpetes e dedetização de ambientes, fazem parte do pacote", diz Manuel Lopes da Silva, supervisor da agência. "Conseguimos diminuir em 40% os gastos com faxina."

Em 2012, a Versátil faturou aproximadamente 2,4 milhões de reais, valor que Amato quer ver dobrar em 2013. A empresa já con­ta com mais de 100 funcionários, que re­cebem treinamento periodicamente. Eles aprendem desde como limpar enormes fachadas de edifícios até como manusear produtos com o mínimo de desperdício.

Em 2013, Amato pretende ampliar os serviços para continuar fazendo a Versátil crescer. "Já estamos colocando à disposição dos clientes alguns serviços básicos de manutenção de salas e escritórios, como reparo de pequenos vazamentos e troca de lâmpadas queimadas e maçanetas defeituosas", diz ele.

2Arquivo de documentos

Os funcionários da mineira Arquivar estão acostumados a trabalhar em ambientes que poderiam servir de cenário para um daqueles programas que mostram a vida de acumuladores, como são chamadas as pessoas que não conseguem jogar nem um papel sequer no lixo.

A especialidade da empresa é pôr ordem nos documentos de clientes como Unimed, Claro e Vale, que precisam manter muita papelada arquivada por anos a fio. O empreendedor Mário Pinho, de 47 anos, e seu irmão Alexandre,  de 40, donos da Arquivar, trabalham com digitalização de documentos desde o início da década de 90. "Quando começamos, tudo era novidade", diz Mário.


Ao contratar esse tipo de serviço, as empresas podem liberar espaços antes ocupados por grandes e volumosos arquivos repletos de pastas. "Temos casos de hospitais que transformaram salas de documen­tos em quarto para os doentes, aumentando suas receitas", afirma Mário.

Quem adquire o serviço também não precisa mais de funcionários para manter a papelada e ainda ganha tempo com a consulta de arquivos, que passa a ser digital. A Arquivar trabalha com um modelo de franquias e possui 25 unidades. Somente a matriz, em Belo Horizonte, cresceu 60% em 2012. O faturamento estimado deste ano é de 30 milhões de reais.

3Serviços de portaria

O paulista Renato Botelho Braz Alves, de 33 anos, trabalhava na área comercial de uma empresa de segurança armada quando criou, em 2006, a RS Serviços, especializada em fornecer mão de obra de profis­sionais de portaria e recepção. Em 2012, a empresa deve faturar algo em torno de 20 milhões de reais, 17% mais que em 2011. "Cuidamos de uma área extremamente importante para a administração de prédios e condomínios", afirma Alves. "A portaria e a recepção desses locais costumam ser os pontos mais vulneráveis em caso de assaltos ou tentativas de invasão."

É por isso que na RS Serviços os profissionais são capacitados a reagir a imprevistos. "Os funcionários devem ser educados ao se relacionar com as pessoas com quem convivem todos os dias, mas também precisam saber o que fazer em situações de perigo", afirma Alves.

Manter profissionais assim por conta própria pode sair caro. Além dos custos com salário, direitos trabalhistas e bene­fícios, gasta-se um bom dinheiro com o treinamento de um profissional que pode permanecer pouco tempo no emprego.

"Conseguimos diminuir em torno de 15% os custos que nossos clientes têm com os vigilantes", diz Alves. A RS Serviços atende cerca de 140 clientes, como a rede de hotéis Holiday Inn e o Hospital das Clínicas, em São Paulo, e já prestou serviços para grandes eventos, como o sorteio dos grupos da Copa das Confederações da Fifa.

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