São Paulo - A Aceleratech está com inscrições abertas até esta sexta-feira (31) para seu processo de aceleração. Neste ano, haverá uma novidade para as startups selecionadas: elas terão um mês de apoio e treinamento e só depois decidirão se querem assinar o contrato com a Aceleratech.
As inscrições podem ser feitas pelo site. De 30 a 40 startups são selecionadas e passam por uma reunião, que pode ser tanto presencial quanto via Skype.
Antigamente, os projetos eram levados ao comitê da aceleradora, que escolhia os finalistas e oferecia contratos. Agora, as startups são selecionadas antes do comitê e passam por um mês de aceleração. Depois, elas escolhem se continuarão com o processo.
Segundo Pedro Waengertner, cofundador da aceleradora, há duas razões para a mudança. "Primeiro, nós podemos conhecer essas empresas antes; segundo, muitas delas não entendem o benefício da aceleração, então é mais fácil elas experimentarem antes e só depois conversarmos. É um processo conjunto de conhecimento e proximidade", conta.
O programa da Aceleratech dura quatro meses, incluindo o primeiro mês, em regime pré-contrato. No período, cada startup terá um programa personalizado, com metas e dificuldades próprias do negócio e da equipe. O desenvolvimento é voltado para o crescimento, faturamento e autossustentabilidade da startup.
A Aceleratech disponibiliza 150 mentores e outros 60 parceiros para ajudarem no processo, além de uma comunidade feita de empresas em aceleração e já aceleradas, que compartilham conselhos de forma presencial ou online. "Aquela atividade de empreendedor, que costuma ser solitária, acaba ficando mais leve. Temos como filosofia que toda empresa deve abrir as portas para as outras", diz Waengertner.
Depois dos quatro meses, a Aceleratech oferece a possibilidade de trabalhar outros três meses em um espaço de coworking. Isso é especialmente útil quando o negócio ainda não tem um ambiente de trabalho estruturado.
A Aceleratech investe um valor de até 150 mil reais na startup, tendo uma participação de 10% a 15%. Como a aceleradora torna-se sócia da startup, há um suporte constante, mesmo após a aceleração.
Critérios
A busca é por startups que oferecem produtos e serviços tanto para empresas quanto para os consumidores finais, mas três setores recebem destaque: o Agribusiness, o FinTech (tecnologia na área financeira) e o Varejo.
Para participar da aceleração, a startup deve contar com, pelo menos, um sócio técnico e outro de negócios; deve atuar em um mercado de pelo menos de 1 bilhão de reais; e deve ter alguma primeira versão de seu produto, de preferência já em teste ou em uso por clientes.
Waengertner explica por que a Aceleratech tem preferência por startups com, idealmente, três sócios. "Um empreendedor solo não terá todas as competências exigidas. Nesse estágio da startup, em que ele não tem dinheiro para contratar, a empresa sai prejudicada. As empresas que dão certo costumam ter não apenas um dono, mas sim duplas ou trios. Muitos sócios também pode ser um problema”. Segundo o cofundador, o principal critério de análise é o time da startup e os resultados obtidos pelo time até agora.
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1. Ideias
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1/9 (Rego Korosi/Creative Commons)
7 áreas que as startups podem explorar em 2015
Respondido por Fernando de la Riva, da Concrete Solution É muito provável que o nosso cenário econômico para 2015 seja de estagflação, ou seja, baixo crescimento, inflação alta e, consequentemente, se o Banco Central continuar perseguindo alguma meta de inflação, juros altos. Temos uma exaustão do modelo de crescimento baseado em crédito e consumo, com aumento do endividamento das famílias e alto preço da energia. Pode parecer uma má notícia a princípio, mas esse contexto forma um mar de oportunidades para os
empreendedores, que devem sempre buscar dores a serem resolvidas, grandes mercados e margem. Com isso, seguem algumas áreas em que considero boas hipóteses para novas startups no Brasil. Navegue nas fotos acima para conferir as oportunidades.
Veja nas fotos as 7 áreas que as startups podem explorar em 2015.
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2. 1. Educação
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2/9 (Gustavo Gargioni/Especial/Fotos Públicas)
Um dos pilares da nossa baixa produtividade, o setor de educação no Brasil é um problema antigo e, talvez, o mais importante. A má qualidade no nível mais básico causa a longo prazo uma grande escassez de desenvolvedores e engenheiros, por exemplo. Neste sentido, startups que considerem formas de aplicar a educação à distância móvel, adaptativa e “gamificada” têm uma dor bastante importante a ser resolvida, um mercado grande e margem. Grandes mercados têm a ver com grandes múltiplos e recorrência. Qualquer modelo de negócios que mire nas milhões de crianças que estão no ensino fundamental, por exemplo, atende estes dois quesitos. Um exemplo de problema que merece ser considerado pelas novas startups nesta área é a dificuldade que pais têm para achar escolas para seus filhos com menos de seis anos. O processo é complicado: os pais têm que visitar escolas, uma a uma, e avaliar diversas características e atividades, além de ter que se preocupar com vagas e processos seletivos. Startups que pensem em soluções para este problema e conectem mais facilmente as escolas aos pais, unificando o processo de inscrição de alunos na primeira escola, por exemplo, também podem ser uma boa aposta.
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3. 2. Saúde
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3/9 (Portra Images)
Outra ineficiência bastante relevante no Brasil, está na saúde. O mercado de planos de saúde, por exemplo, é “super regulado”, com problemas de margem e muitas vezes pautado por relações conflituosas com o cliente. Com o esvaziamento das agências reguladoras, é um ótimo campo para procurar ineficiência. Em setores como o de Telecom, esse problema gerou o conceito de MVNO (Mobile Virtual Network Operator); em serviços financeiros, gerou iniciativas como o BankSimple no exterior e agora o NuBank no Brasil. Uma estrutura leve e barata de bom atendimento pode funcionar bem “por cima” da estrutura de planos de saúde atual. A questão de marcação de consultas, exames e prontuários digitais também é outra área que merece atenção das startups de tecnologia. Iniciativas neste sentido ainda são poucas e pouco exploradas, cabem concorrência e novas ideias. Uma startup que ofereça a ideia de “fast health” ou clínicas particulares de baixo custo em locais de grande fluxo e estruturas de autoatendimento de baixo custo baseadas em web e mobile pode ter mercado.
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4. 3. Mercado imobiliário
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4/9 (Henrique Pinto/Creative Commons/Flickr)
Vivemos um período de aumento da inadimplência, que cresceu 17,2% no último ano, e de endividamento das famílias brasileiras, que chegou a 63,4% no início de 2014 de acordo com a CNC. Segundo uma pesquisa recente, houve aumento de 40% no número de devoluções de imóveis comprados na planta. Neste contexto, pode ocorrer um processo de incapacidade das famílias de pagarem seus contratos de financiamento imobiliário. Alguém que facilite a reestruturação desses contratos e renegociação da dívida ou a revenda desses imóveis talvez esteja no lugar certo e na hora certa.
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5. 4. Mobilidade urbana
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5/9 (Jerome Favre/Bloomberg)
Apesar do nosso recente ciclo de startups de tecnologia ter sido muito calcado em e-commerce, a dor desse tópico é enorme e já existem casos de sucesso de empreendedores no Brasil e fora do país. O Moovit conseguiu aumentar a eficiência dos transportes públicos por meio da sincronização, com o Waze já é possível andar melhor no trânsito de carro, o EasyTaxy ajudou a melhorar o mercado de táxis e o Uber reduziu drasticamente o tempo de cada “chamada”. Todas elas começaram a resolver o problema, mas ainda existe ineficiência a ser combatida e espaço para novas ideias.
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6. 5. Soluções hiperlocais
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6/9 (Getty Images)
Qualquer modelo de negócio baseado em conectar pessoas tem um problema de contexto. O número excessivo de “matchs” no Tinder, por exemplo, pode ser tão ruim quando a falta deles. O processo de matching, puro e simples, baseado em raios de quilômetros, é muito ineficiente. Neste sentido, é possível disruptar esse mercado de seleção, encontros e relacionamentos restringindo nichos e criando redes especiais de pessoas que já estão fisicamente ligadas.
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7. 7. Big data, internet das coisas e impressão 3D
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7/9 (Divulgação)
Existem áreas que já estão avançando em outros países, mas que ninguém ainda assumiu o controle aqui no Brasil. Vale a pena considerar essas novas tecnologias como forma de disruptar mercados e criar novas ideias para empreender. Ineficiências e carência de serviços de qualidade o Brasil tem. Cabe aos novos empreendedores as ideias para mudar esse conceito e evoluir.
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8. Agora, conheça negócios lucrativos
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8/9 (PhotoRack)