Notas de dólar (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2010 às 09h18.
São Paulo - Representantes de instituições financeiras internacionais de peso, como Catterton Partners, Citi, Credit Suisse, DWS e Merrill Lynch estiveram esta semana no Brasil em busca de oportunidades de investimento.
A iniciativa foi capitaneada pela BRICChamber, associação criada para conectar empreendedores de países emergentes com possíveis investidores e parceiros de negócios de diferentes regiões do globo.
“Os países desenvolvidos estão estagnados e há um grande interesse no BRIC [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China]”, argumenta.Rodrigo Veloso, um dos fundadores da associação.
De acordo com o executivo, esta primeira missão ao Brasil, focada na área de tecnologia, já deve resultar em investimentos. “Temos pelo menos dois potenciais negócios bem encaminhados”, conta.
Além dos investidores, a BRICChamber trouxe ao Brasil uma comitiva de empreendedores de sucesso do Vale do Silício para falar aos empreendedores brasileiros, entre eles Aber Whitcomb, ex-CTO e co-fundador do MySpace; Jawed Karim, co-fundador do YouTube; Ashwin Navin, ex-presidente e co-fundador do BitTorrent, criadora do popular protocolo para compartilhamento de arquivos; e Paul Bragiel, co-fundador da I/O Ventures, programa de apoio a startups super jovens e inovadoras.
“É bem provável que os próximos negócios de impacto em tecnologia venham de fora dos Estados Unidos, por isso temos que ficar de olho em todo o globo”, diz Bragiel. Um dos objetivos da visita do executivo ao Brasil é convidar empreendedores locais da área de tecnologia a se inscreverem para o processo de seleção do fundo, que tem sede no Vale do Silício.
Além do investimento em dinheiro, que pode chegar a até 25 mil dólares, a I/O Ventures apóia os empreendedores selecionados com infra-estrutura para iniciar o negócio, oportunidades de networking e um forte programa de mentoring. As inscrições para participar do processo seletivo podem ser feitas no site do fundo.
As ações da BRICChamber não ficarão restritas ao setor de tecnologia. A próxima missão, programada para o início de 2011, deve ser focada no segmento de energia. Oportunidades em outros setores, como o de bebidas e alimentos, também devem ser abordados em iniciativas futuras.
Segundo Veloso, a motivação para criar a BRICChamber veio da sua própria história de sucesso como empreendedor internacional. Fundada há pouco mais de 5 anos, sua empresa O.N.E., fabricante de água de coco, nasceu de uma ideia apresentada em um concurso de planos de negócios e deve faturar neste ano 50 milhões de dólares ao ano. Ao longo da sua curta trajetória, a companhia se capitalizou por meio de aportes de investidores anjo, fundos de venture capital e private equity – todos de fora do Brasil - e mais recentemente da PepsiCo. Seu principal mercado de atuação é o norte-americano, com planos de expansão para Canadá, México e Europa.