A Média no Brasil é que 73% das pequenas empresas sobrevivam depois de dois anos (Mario Rodrigues/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 17h16.
São Paulo – Uma pesquisa divulgada hoje pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que, de cada 100 pequenas empresas abertas no país, só 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade. Essa mesma média, entretanto, não é verificada em todas as regiões do país, segundo o levantamento.
De acordo com o Sebrae, no Sudeste, por exemplo, a porcentagem de pequenas empresas que se mantém abertas após dois anos de atividade é 76,4%. Já no Centro-Oeste, a taxa cai para 68,3% e, no Norte, baixa ainda mais, para 66%.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, reduzir a desigualdade entre os índices de sobrevivência das empresas é um desafio. Ele disse, porém, que isso não depende só de políticas de incentivo, mas de uma redução das desigualdades de desenvolvimento nas diferentes regiões do país.
“A formação dos empreendedores é muito importante para a sobrevivência das empresas”, explicou Barreto, ao explicar os principais pontos da pesquisa. “A população do Sudeste tem um bom nível de escolaridade. Por isso, está na frente de outras regiões.”
Barreto espera que investimentos governamentais ajudem a reduzir as desigualdades sociais e, consequentemente, as diferenças de desempenho entre pequenas empresas. Disse também que, por estar atrás no ranking de sobrevivência do Sebrae, as regiões Norte e Centro-Oeste podem melhorar os índices empresariais mais rapidamente. “É difícil uma região como a Sudeste superar um índice de sobrevivência de 77%”, explicou Barreto. “Agora, quem tem um índice de 66% pode melhorar mais rapidamente.”
Segundo Barreto, empreendedores das regiões com piores índices de sobrevivência empresarial podem ainda aproveitar o bom momento da economia brasileira para se firmar. Para ele, a crise mundial não vai comprometer esse processo de melhoria. “Pequenas empresas dependem muito do mercado interno. Quase não exportam. É claro que o cenário internacional afeta o Brasil, mas não acredito que seja um problema para as pequenas e micro empresas.”