Exame Logo

Rappi cria botão contra violência doméstica em ação com advogadas

Aplicativo de entregas se une ao projeto Justiceiras, criado pela promotora Gabriela Manssur, para auxiliar vítimas de agressão durante a quarentena

Rappi: botão "SOS Justiceiras" está disponível no aplicativo (Marcos Joel Reis/Rappi/Divulgação)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 5 de maio de 2020 às 14h50.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 09h24.

Durante o isolamento social, as mulheres enfrentam uma dupla epidemia: a do novo coronavírus e a da violência doméstica, que no período de quarentena se intensificou no Brasil.

Só em São Paulo, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os atendimentos da Polícia Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9%, saltando de 6.775 em março de 2019 para 9.817 em março deste ano. No Rio Grande do Norte, as agressões subiram 34,1% e as ameaças às mulheres, 54,3%.

Veja também

Esse trágico cenário levou a Rappi a fechar uma parceria com o projeto Justiceiras, criado no início da pandemia pela promotora de justiça, especialista no combate à violência contra a mulher, Gabriela Manssur, que já conta com 2 mil profissionais da área jurídica, psicológica, saúde e assistência social.

Só em março, o projeto identificouque foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência em São Paulo, contra 1.934 em fevereiro.

A iniciativa da Rappi, antecipada à EXAME, consiste na criação de um botão de socorro no aplicativo, o "SOS Justiceiras", que já está disponível. Qualquer mulher em situação de vulnerabilidade pode acioná-lo para receber apoio das profissionais.

“Diante de uma agressão, o que fazer? Quem procurar? Para quais locais a vítima deve se dirigir? É possível pedir ajuda sem sair de casa?", questiona a promotora Gabriela Manssur. "Estas e outras perguntas são respondidas pelas justiceiras. Elas estão a postos para informar e, principalmente, apoiar e empoderar essas mulheres que chegam em situação de violência doméstica", completa.

A vítima de violência que acionar o botão serádirecionada para um formulário simples de triagem, para que as integrantes do justiceiras entendam sua situação. Em seguida, uma das voluntárias do projeto entrará em contato com a mulher, via Whatsapp, para dar início às conversas.

A campanha, que foi idealizada pela AlmapBBDO, também levanta a #NãoÉSóDenunciar, com o objetivo de mostrar que há uma série de processos que uma vítima de violência doméstica enfrenta.

-(Rappi/Divulgação)

Acompanhe tudo sobre:EXAME-no-InstagramFeminicídiosMachismoRappi

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de PME

Mais na Exame