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Queridinha do Vale, Quero Educação dá bolsas de 70% em cursos de inglês

Marketplace de educação mediou bolsas a 450 mil estudantes no ensino superior. Agora, aproveita que só 3% dos brasileiros falam inglês

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Escritório da Quero Educação: área de idiomas, em três anos, deve ter o mesmo market share do principal produto da startup (Quero Educação/Divulgação)

Escritório da Quero Educação: área de idiomas, em três anos, deve ter o mesmo market share do principal produto da startup (Quero Educação/Divulgação)

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Mariana Fonseca

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às, 06h00.

Última atualização em 17 de janeiro de 2019 às, 06h00.

Em quase sete anos de atuação, os engenheiros do Instituto de Tecnologia e Aeronáutica (ITA) Bernardo de Pádua, Lucas Gomes e Thiago Brandão trilharam um caminho de causar inveja em muitos empreendedores de internet pelo mundo. Sua startup, chamada Quero Educação, obteve contas no azul com um ano de operação. Também atraiu em duas ocasiões a Y Combinator, aceleradora mais famosa do Vale do Silício. Por fim, o negócio cresceu vinte vezes entre 2016 e 2018. O último faturamento divulgado, em 2017, estava na casa dos 50 milhões de reais.

O produto mais famoso da Quero Educação, o portal Quero Bolsa, já mediou 450 mil bolsas de estudo no ensino superior. Agora, a Quero Educação quer repetir o sucesso em uma nova vertical: a de cursos de idiomas.

Nesta semana, a startup de São José dos Campos (São Paulo) inaugurou o portal Quero IdiomasA proposta é oferecer descontos de até 70% nas 45 escolas de línguas cadastradas no momento. Até o final de março deste ano, a Quero Idiomas tem a agressiva meta de chegar a dois mil alunos em 400 instituições de ensino de línguas. No final de 2019, a projeção é ter 15 mil alunos e mil escolas de idiomas.

Fazer o brasileiro falar inglês

De acordo com pesquisas internas da Quero Educação, o mercado brasileiro de ensino de línguas é de seis bilhões de reais por ano, ou um quinto do mercado de ensino superior. O tíquete médio é de 200 reais, três vezes menos do que o visto em faculdades e universidades. Mas, enquanto 15,3% da população brasileira possui ensino superior completo, apenas 5% da população fala uma segunda língua e menos de 3% têm fluência em inglês.

“Identificamos milhões de brasileiros que têm vontade de aprender inglês e cabe a nós, como marketplace de bolsas, oferecer a proposta correta para suprir essa demanda”, afirma Marco Piacentini, gerente de novas verticais da Quero Educação.

Do lado das escolas de idiomas, o problema é similar aos das faculdades e universidades já atendidas pelo Quero Bolsa. As instituições possuem turmas com vagas sobrando em alguns horários. Quanto mais perto da data de início do curso, mais propensas elas estariam a oferecer descontos para lotarem a sala. Para uma turma que já não teria esse estudante, a Quero Idiomas representaria uma receita adicional.

A nova área da Quero Educação faz a mediação entre esse aluno buscando um preço melhor e essa escola de idiomas que não quer lidar com captação de clientes e administração da possível inadimplência. Em troca da primeira mensalidade do estudante, a Quero Idiomas assume os riscos de pagamento e fica responsável por entregar o valor à instituição de ensino de línguas.

Passos largos

A Quero Idiomas possui uma equipe de 16 funcionários, selecionados a dedo de outras áreas da startup para cumprir as expectativas agressivas da nova vertical. Ao todo, a Quero Educação possui 450 funcionários.

O grupo afirma ter 10% de participação no mercado de ingressantes no ensino superior, com suas 450 mil bolsas concedidas no Quero Bolsa. Para este ano, possui a meta agressiva de dobrar o market share do Quero Bolsa enquanto faz a Quero Idiomas expandir a passos ainda mais ousados.

Enquanto o Quero Bolsa demorou cinco anos para chegar aos 10%, Piacentini estima que a Quero Idiomas leve três anos para atingir o mesmo feito percentual. Seria o equivalente a 400 mil alunos e 10 mil escolas de idiomas cadastradas no marketplace.

“Imagino que a empresa, hoje, está como a [varejista online] Amazon na década de 90, quando vendia apenas livros. Nós também estamos só começando em nossa oferta de produtos”, afirma Piacentini.

É uma comparação extrema do jeito que o Vale do Silício gosta.

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