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PMEs do setor de serviços retomaram os níveis pré-pandemia, diz pesquisa

Segundo o Índice de Desempenho Econômico de PMEs (IODE-PMEs) da Omie, as pequenas e médias empresas do setor de serviços avançaram 13,5% em 2021

Embora o setor como um todo tenha avançado, empresas de alimentação e cultura ainda lutam para recuperar as perdas (Sergio Moraes/Reuters)
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Luciana Lima

Publicado em 16 de março de 2022 às 11h41.

Última atualização em 16 de março de 2022 às 13h05.

Em 2021, as pequenas e médias empresas do setor de serviços, um dos segmentos mais afetados pela pandemia de covid-19, conseguiram avançar 13,5% em faturamento, recuperando os níveis pré-pandemia.

Os dados são do Índice de Desempenho Econômico de PMEs (IODE-PMEs) da Omie, software de gestão para pequenos e médios empreendedores. Para chegar a essa conclusão, a startup avaliou a movimentação financeira de seus mais de 90 mil clientes, que incluem negócios de 622 ramos diferentes.

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“A partir do segundo semestre de 2021 observamos que houve uma recuperação acelerada do setor de serviços, algo diretamente atrelado ao avanço da vacinação”, diz Felipe Beraldi, especialista de indicadores e estudos econômicos da Omie.

Ainda segundo os dados da Omie, embora o setor como um todo tenha avançado no ano passado, algumas empresas ainda lutam para recuperar as perdas da covid-19, dependendo da natureza do serviço prestado.

As PMEs de educação e logística foram as que mais se destacaram, crescendo 70% e 49%, respectivamente. Já na outra ponta, as empresas de alimentação e hospedagem e cultura e esporte ainda operam 34% e 35%, respectivamente, abaixo do período anterior à covid-19.

“Alguns tipos de empresas de serviços, ainda, foram favorecidas pela pandemia, como logística e tecnologia. Por outro lado, as atividades que mais sofreram com a crise sanitária são aquelas que também estão demorando mais para se recuperar”, afirma Beraldi.

O levantamento ainda apontou que, mesmo dentro do setor de alimentação, por exemplo, algumas empresas saíram melhor que as outras. Enquanto as companhias que forneciam alimentos para consumo domiciliar cresceram 139% em 2021, os serviços de alimentação para empresas caiu 31,5%.

Segundo Beraldi, a vacinação ajudou, inclusive, a mitigar os efeitos do onda da ômicron para as PMEs do setor de serviços, já que o setor avançou 4,7% em janeiro de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.

“A inversão da curva de casos graves e mortes e, consequentemente, o reflexo que isso teve na falta de redução da mobilidade fez com que o efeito da ômicron fosse limitado”, diz.

Para 2022, a expectativa é que a recuperação das PMEs de serviços siga em curso, com ênfase na retomada das atividades dos segmentos mais afetados pela pandemia. Porém, o cenário macroeconômico do Brasil pode ser um impedidor para que empresas avancem com a rapidez desejada.

“Por um lado observamos uma maior mobilidade, uma maior confiança das pessoas em relação à pandemia, porém, por outro, o cenário econômico é desafiador com inflação em alta, taxa de desemprego elevada e um possível aumento da taxa de juro, que vai tornar o crédito mais caro. Tudo isso pode afetar a recuperação”, finaliza. Beraldi.

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