Praia na Paraíba: mais empresas e mais empregos (WIKIMEDIA COMMONS)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 12h24.
João Pessoa - Nos últimos quatro anos, mais pessoas transformaram ideias em negócios na Paraíba. De 2006 a 2010, o número de micro e pequenas empresas praticamente quadruplicou, subindo de 21,4 mil para 81,8 mil empreendimentos, segundo informações da Junta Comercial do Estado e do Portal do Empreendedor.
Os dados fazem referência às empresas cadastradas nestes órgãos. A boa notícia é que além do aquecimento na economia, mais empregos foram gerados.
Do total de 18,1 mil postos criados em 2010 no estado, mais de 14,4 mil vêm dos pequenos negócios (79,72%). Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e apontam a força do segmento, em especial, na área de comércio e serviços. Nacionalmente, quase 79,8% dos empregos gerados no país, só em janeiro deste ano, estão nas micro e pequenas empresas.
Empresas como a de Anselmo Rodrigues de Carvalho são exemplo disso. Em 2009, o empresário resolveu ser dono do próprio negócio. Abriu uma confeitaria para venda de bolos em Guarabira com apenas três funcionários e uma produção diária de 60 unidades.
Em dois anos, a empresa cresceu, abriu filial, aumentou para sete o número de colaboradores e a produção quase triplicou. Por dia, saem do forno cerca de 230 bolos, que vão direto à casa dos consumidores.
Simplificação
Para Julio Rafael, superintendente do Sebrae na Paraíba, o crescimento econômico vivenciado no país reflete na Paraíba em aumento não apenas de formalização das empresas, mas também na abertura de empregos. “Uma das principais características dos pequenos negócios é a criação de emprego. Daí a importância de um olhar especial dos gestores públicos do estado para o setor”, diz.
Segundo Bera Wilson, analista de Políticas Públicas do Sebrae na Paraíba, o aumento do registro de novas empresas deve-se, entre outros motivos, à simplificação do processo de abertura e aos incentivos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e do Simples Nacional.
Outro aspecto pontuado pela analista foi a criação do Empreendedor Individual, pessoa jurídica que fatura até R$ 36 mil por ano, o que possibilitou que mais profissionais formalizassem seu próprio negócio.