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Pequenos negócios devem aumentar frota de carros leves em 33%

As pequenas empresas brasileiras ainda utilizam frotas e veículos para serviços gerais e pós-venda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

São Paulo - As pequenas empresas de frota de veículos leves têm potencial para crescer 33% nos próximos três anos, revela pesquisa realizada pela Arval, empresa do grupo francês BNP Paraibas, e divulgada essa semana, em São Paulo. "É um grande crescimento, mas precisamos romper alguns paradigmas no Brasil, como a compra de carros brancos para a frota", afirma o presidente da Arval no Brasil, Roberto Fonseca. Segundo ele, 60% dos carros de frota que circulam no país são brancos.

A pesquisa foi realizada no 1º trimestre deste ano em 14 países, com 4.200 empresas, por telefone, com gestores de frotas que contam com veículos leves corporativos. Pela primeira vez, o Brasil e a Turquia foram incluídos no Corporate Vehicle Observator (CVO). No país, foram entrevistadas 324 empresas, sendo 99 delas pequenos negócios.

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A pesquisa da Arval, especializada em gestão de frotas leves no segmento corporativo, mostra que as pequenas empresas brasileiras (até 10 empregados) utilizam as frotas para serviços gerais e serviços pós-venda (45%). Quando o assunto é incentivo aos funcionários, apenas 10% das pequenas empresas entrevistadas utilizam o carro como política de compensação. "As pequenas empresas ainda não viram nas frotas de carros possíveis incentivos que podem proporcionar a seus colaboradores", explica o presidente da Arval no Brasil, Roberto Fonseca. Já nas grandes, este número sobe para 16%.

A pesquisa mostrou também que a crise econômica, mais profunda na Europa, levou as empresas a uma reconfiguração das frotas. Já no Brasil, praticamente não houve grande impacto. Segundo Wagner Kirschener, diretor de produtos da Arval Brasil, o mercado interno reagiu positivamente à redução do IPI, mostrando que o empresário brasileiro é mais ágil nas decisões de promover mudanças, dada sua longa experiência com décadas de hiperinflação.

Talvez esta questão cultural também influencie as pequenas empresas brasileiras quando o assunto é locação ou leasing. Dos entrevistados, 50% compram os carros à vista. Apenas 7% fazem locação por longos períodos. "Isso mostra que aqui no Brasil, a Arval tem um grande mercado para crescer. Na Europa, as empresas utilizam os carros pensando em sua real utilidade. Ninguém compra um carro para ficar parado a maior parte do tempo", diz Fonseca. O sistema de locação na Europa é utilizado por 54% das grandes empresas.

Os indicadores mostram também que no Brasil o interesse dos gestores de frotas está concentrado em itens como rastreadores e GPS. Para Vicente Rupied, diretor do Corporate Vehicle Observatory, o interesse está atrelado principalmente às questões de segurança, como roubos e furtos de veículos. As questões ambientais, como relatórios de emissão de CO2, ainda não despertam tanto interesse (10%).

A Arval, empresa do Grupo BNP Paribas, especializada em gestão de frotas leves no segmento corporativo, vai investir R$ 145 milhões neste ano no país e outros R$ 800 milhões até 2013 para ser a líder em seu segmento, atingindo uma frota de 15 mil veículos. De acordo com Wagner Kirschener, a Arval opera principalmente com grandes empresas, tendo nelas 75% do seu mercado, concentrado nas regiões Sul e Sudeste do país. Já na Europa a empresa está focando seus negócios nas pequenas empresas. "Temos um mercado consolidado na Europa e um perfil de empresário diferente do brasileiro".

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