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PMEs ainda têm espaço para vender ao governo, diz Sebrae

Evento do Sebrae estimula participação de micro e pequenas empresas nas compras públicas

Vender para o governo pode ser um bom plano: o governo de Minas Gerais, por exemplo, adquiriu R$ 616 mi de pequenos negócios em 4 anos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 11h01.

Belo Horizonte - Os investimentos em compras governamentais no Brasil devem totalizar cerca de R$ 400 bilhões este ano. Desse total, as micro e pequenas empresas (MPE) devem responder por R$ 15 bilhões. De 2009 a 2012, o governo de Minas Gerais adquiriu R$ 616 milhões em produtos e serviços dos pequenos negócios. Esses foram alguns dos dados divulgados na abertura da quinta edição do Fomenta Nacional, na noite dessa terça-feira (20), no Minascentro, na capital.

Com a promulgação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, há seis anos, as MPE conquistaram vantagens para vender ao governo, como a redução da carga tributária e da burocracia. No entanto, o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, ressaltou que somente 600 municípios brasileiros implementaram efetivamente a legislação. “Isso representa apenas 10% das cidades brasileiras. Espero que, no próximo ano, os prefeitos coloquem em suas agendas a discussão de ações que favoreçam o desenvolvimento das MPE”.

Barretto também falou que o Brasil precisa seguir exemplos de países como os Estados Unidos, onde os pequenos negócios são os principais fornecedores do governo. O presidente enfatizou que é preciso evoluir para aumentar a participação das MPE nas contratações do poder público, que hoje respondem apenas por 5% do total adquirido pelo governo.

Já o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional, Roberto Simões, salientou iniciativas como o Fomenta para orientar e aproximar os empresários do poder público. “São eventos como esse que chamam a atenção, convocam, preparam e convidam as MPE a participarem das compras governamentais”.

Durante o evento, o superintendente do Sebrae em Minas Gerais, Afonso Maria Rocha, a diretora de Operações do Sebrae no estado, Elbe Brandão e a secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) de Minas Gerais, Renata Vilhena, assinaram um protocolo de intenções a fim de desenvolver ações que estimulem a participação das MPE nas compras governamentais. Entre as iniciativas previstas estão capacitação e treinamento de gestores públicos e empresários, a realização de eventos e ainda revisão da legislação.

“Construímos uma política de compras para as MPE que já foi validada pelo governador. Ele assumiu o compromisso de enviar ainda este ano a proposta do Estatuto Estadual das MPE para a aprovação na Assembleia Legislativa”, explicou Renata Vilhena. Ela também destacou que, entre 2009 e 2012, houve uma inversão no cenário das compras governamentais. A maior parte das empresas cadastradas como fornecedoras no sistema do governo estadual atualmente são MPE. Elas participam de 87% dos processos de cotação eletrônica de preços e pregão eletrônico.

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Belo Horizonte - Os investimentos em compras governamentais no Brasil devem totalizar cerca de R$ 400 bilhões este ano. Desse total, as micro e pequenas empresas (MPE) devem responder por R$ 15 bilhões. De 2009 a 2012, o governo de Minas Gerais adquiriu R$ 616 milhões em produtos e serviços dos pequenos negócios. Esses foram alguns dos dados divulgados na abertura da quinta edição do Fomenta Nacional, na noite dessa terça-feira (20), no Minascentro, na capital.

Com a promulgação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, há seis anos, as MPE conquistaram vantagens para vender ao governo, como a redução da carga tributária e da burocracia. No entanto, o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, ressaltou que somente 600 municípios brasileiros implementaram efetivamente a legislação. “Isso representa apenas 10% das cidades brasileiras. Espero que, no próximo ano, os prefeitos coloquem em suas agendas a discussão de ações que favoreçam o desenvolvimento das MPE”.

Barretto também falou que o Brasil precisa seguir exemplos de países como os Estados Unidos, onde os pequenos negócios são os principais fornecedores do governo. O presidente enfatizou que é preciso evoluir para aumentar a participação das MPE nas contratações do poder público, que hoje respondem apenas por 5% do total adquirido pelo governo.

Já o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional, Roberto Simões, salientou iniciativas como o Fomenta para orientar e aproximar os empresários do poder público. “São eventos como esse que chamam a atenção, convocam, preparam e convidam as MPE a participarem das compras governamentais”.

Durante o evento, o superintendente do Sebrae em Minas Gerais, Afonso Maria Rocha, a diretora de Operações do Sebrae no estado, Elbe Brandão e a secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) de Minas Gerais, Renata Vilhena, assinaram um protocolo de intenções a fim de desenvolver ações que estimulem a participação das MPE nas compras governamentais. Entre as iniciativas previstas estão capacitação e treinamento de gestores públicos e empresários, a realização de eventos e ainda revisão da legislação.

“Construímos uma política de compras para as MPE que já foi validada pelo governador. Ele assumiu o compromisso de enviar ainda este ano a proposta do Estatuto Estadual das MPE para a aprovação na Assembleia Legislativa”, explicou Renata Vilhena. Ela também destacou que, entre 2009 e 2012, houve uma inversão no cenário das compras governamentais. A maior parte das empresas cadastradas como fornecedoras no sistema do governo estadual atualmente são MPE. Elas participam de 87% dos processos de cotação eletrônica de preços e pregão eletrônico.

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