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Pequena empresa tem década de crescimento

Para 2012, emprego deve seguir aumentando nas MPE, segundo analisa presidente do Sebrae, Luiz Barretto

Estudo mostrou que a remuneração dos empregados de micro e pequenas empresas cresceu 14,3% entre 2000 e 2010 – em valores reais
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 13h40.

São Paulo - Crescimento da classe C, fortalecimento do mercado interno, aumento real do salário mínimo, criação de empreendimentos por oportunidade e volta do crédito produziram um cenário positivo para os pequenos negócios na última década, conforme revela o Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa , divulgado na manhã desta segunda-feira (5), em São Paulo.

O Anuário é uma publicação feita pelo Sebrae, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos micro e pequenos empreendimentos. Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o cenário positivo colaborou com a queda no índice de mortalidade das micro e pequenas empresas (MPE) e no aumento da formalização.

O estudo mostrou que a remuneração dos empregados de micro e pequenas empresas cresceu 14,3% entre 2000 e 2010 – em valores reais, já descontada a inflação do período. No mesmo prazo, os salários nas grandes e médias empresas avançou 4,3%. “Vamos manter este crescimento, gerado a partir do mercado interno, ao longo de 2012. O Brasil tem hoje mais condições de enfrentar a crise do que em anos anteriores. Vamos continuar crescendo, com geração de emprego e renda”, disse Barretto.

Segundo o diretor do Dieese, Clemente Gahz Lúcio, o Brasil apostou na escolha correta ao estruturar sua dinâmica econômica vigorosamente orientada pelo investimento no mercado interno. “Aquilo que o país fez em meados dos anos 2000 está sendo considerado a solução para o desenvolvimento mundial. Isto exerce impacto extremamente positivo na micro e pequena empresa”, observou.

Empreendedor Individual

Sobre a informalidade de empresas no Brasil, o presidente Luiz Barretto lembrou que o Programa do Empreendedor Individual já regularizou quase 2 milhões de pessoas no país. “Toda vez que o ambiente legal melhora, para o empreendedor há um impacto grande”, frisou. O presidente do Sebrae destacou conquistas importantes para as MPE nos últimos anos, como a criação do Simples Nacional e do Empreendedor Individual. Também ressaltou o recente reajuste nos tetos do Simples. Para o presidente, a medida permitirá crescimento permanente da formalização.

Segundo ele, deverá haver um bom rendimento deste programa em 2012, com o aumento do teto e a diminuição do imposto. “Este é um programa forte, muito importante, que tem tido um crescimento e uma resposta da sociedade muito grande”, afirmou Luiz Barretto.

Barretto também defendeu a criação do chamado Simples Trabalhista. “Temos um Simples Tributário, mas não um Simples Trabalhista. Se precisássemos levantar um tema na próxima década, este certamente seria um assunto relevante para a micro e pequena empresa”, afirmou.

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O Anuário é uma publicação feita pelo Sebrae, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos micro e pequenos empreendimentos. Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o cenário positivo colaborou com a queda no índice de mortalidade das micro e pequenas empresas (MPE) e no aumento da formalização.

O estudo mostrou que a remuneração dos empregados de micro e pequenas empresas cresceu 14,3% entre 2000 e 2010 – em valores reais, já descontada a inflação do período. No mesmo prazo, os salários nas grandes e médias empresas avançou 4,3%. “Vamos manter este crescimento, gerado a partir do mercado interno, ao longo de 2012. O Brasil tem hoje mais condições de enfrentar a crise do que em anos anteriores. Vamos continuar crescendo, com geração de emprego e renda”, disse Barretto.

Segundo o diretor do Dieese, Clemente Gahz Lúcio, o Brasil apostou na escolha correta ao estruturar sua dinâmica econômica vigorosamente orientada pelo investimento no mercado interno. “Aquilo que o país fez em meados dos anos 2000 está sendo considerado a solução para o desenvolvimento mundial. Isto exerce impacto extremamente positivo na micro e pequena empresa”, observou.

Empreendedor Individual

Sobre a informalidade de empresas no Brasil, o presidente Luiz Barretto lembrou que o Programa do Empreendedor Individual já regularizou quase 2 milhões de pessoas no país. “Toda vez que o ambiente legal melhora, para o empreendedor há um impacto grande”, frisou. O presidente do Sebrae destacou conquistas importantes para as MPE nos últimos anos, como a criação do Simples Nacional e do Empreendedor Individual. Também ressaltou o recente reajuste nos tetos do Simples. Para o presidente, a medida permitirá crescimento permanente da formalização.

Segundo ele, deverá haver um bom rendimento deste programa em 2012, com o aumento do teto e a diminuição do imposto. “Este é um programa forte, muito importante, que tem tido um crescimento e uma resposta da sociedade muito grande”, afirmou Luiz Barretto.

Barretto também defendeu a criação do chamado Simples Trabalhista. “Temos um Simples Tributário, mas não um Simples Trabalhista. Se precisássemos levantar um tema na próxima década, este certamente seria um assunto relevante para a micro e pequena empresa”, afirmou.

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