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Para crescer, pequeno empresário precisa de menos impostos

Mais de 60% dos empresários ouvidos no índice que mede a confianças das PMEs apontaram a alta carga tributária como impasse para o crescimento

Impostos: com uma menor carga tributária o empresário espera crescer mais (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 11h55.

São Paulo - O Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) feito pela Insper questionou os entrevistados sobre o que o próximo governo pode fazer para melhorar o desenvolvimento dessas empresas e 66% dos empresários apontaram a redução de impostos como prioridade.

Outras necessidades apontadas foram a ampliação das linhas de crédito (16%), redução da burocracia (8%), investimento em formação profissional (8%) e aumento na participação das compras governamentais (2%). “Isso mostra que o maior desejo é disparado a redução da carga tributária”, diz José Luis Rossi, professor e pesquisador do Insper.

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Elaborado a cada três meses pelo instituto de ensino e pesquisas Insper, em parceria com o banco Santander, o índice aponta a expectativa do pequeno e médio empresário para o próximo trimestre. Apesar de um pequena queda, 0,9 ponto, o indicador permanece positivo, em 74,6 pontos. “Houve uma diminuição da expectativa de que a economia continue crescendo. O empresário espera que o crescimento seja sustentável mas em um ritmo menor do que nesse ano”, analisa Rossi.

Além da economia, os entrevistados se mostraram menos confiantes com o ramo de atuação, o faturamento da empresa e o lucro. “A parte boa é que com relação a contratação e investimentos o índice ficou praticamente estável ou subiu um pouco, como é o caso da intenção de investir nos próximos três meses”, diz Rossi.

Para Mario Fanucchi, superintendente executivo do segmento de pequenas e médias empresas do Santander, o otimismo se refletiu no volume de negócios do banco. “Manter o índice de contratação e investimento mostra que os empresários confiam no seu negócio”, afirma.

Os mais otimistas com os próximos três meses são os empresários do Norte, que registraram 76,7 pontos. Na divisão por segmentos, a queda foi geral e o setor de serviços é o menos otimista. “A gente notou que a queda na indústria foi menor e no comércio já era esperado pelo fator sazonal, a expectativa para o Natal era muito boa”, diz.

O estudo analisa a percepção dos empresários em relação a seis pontos: a economia do país, o ramo de atuação, o faturamento, o lucro, os funcionários e o investimento em infraestrutura. Foram consultadas 1200 empresas de todo o país, com faturamento de até 30 milhões de reais ao ano, dos setores de serviços, indústria e comércio.

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