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Paloma Herrera investe em lojas de rua

A grife de sapatos se prepara para expandir e pretende ficar longe dos shoppings

As lojas da marca comercializam ainda roupas e acessórios de outras grifes (Paloma Herrera/Divulgação)

As lojas da marca comercializam ainda roupas e acessórios de outras grifes (Paloma Herrera/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 10h50.

São Paulo - A empresa de sapatos Paloma Herrera começa a colocar em prática seu plano de expansão, que inclui a abertura de 20 novas lojas nos próximos 10 anos. “Nós estamos fazendo uma reestruturação e a intenção é abrir filiais no Brasil inteiro”, diz Ramon Herrera, diretor da companhia.

Criada em 1990, a marca tem a família toda a frente do negócio e atende mulheres de classe média alta, com mais de 30 anos e que gastam, em média, 300 reais nas compras dos sapatos produzidos manualmente. A fábrica na Barra Funda, em São Paulo, produz 1,2 mil calçados por mês para abastecer as três lojas. “Vendemos também para terceiros mas em outros estados para não gerar uma competição”, explica Herrera.

Para alcançar a meta de expansão, a Paloma Herrera deve passar por mudanças internas que sustentem o crescimento da marca. “Estamos reformulando questões internas. Já investimos 200 mil reais em melhorias de processos e maquinário na fábrica. Vamos mudar para um lugar maior e unificar o centro de distribuição com a fábrica. Além disso, investir na loja virtual também faz parte da nossa meta para crescer”, conta.

Na contramão do comércio, a empresa pretende manter suas operações em lojas de rua e não em shoppings. Uma das razões é o custo mais baixo. “Shopping ainda é muito caro pela mão de obra, horário de trabalho, logística, ponto e aluguel. Além disso, é muito impessoal. O nosso diferencial é também ter um atendimento personalizado”, explica. Segundo Herrera, o fluxo de clientes nos shoppings prejudicaria um atendimento mais atencioso e próximo.

As novas lojas devem se concentrar em São Paulo. “A gente pretende começar aqui, onde já estamos, e com uma espiral começar a ir mais longe”, diz. A previsão é inaugurar até 3 novos pontos de venda por ano até 2012. Só depois a marca deve se arriscar fora de São Paulo. A partir de 2013, Brasília, Goiânia e Curitiba podem receber unidades. A loja online deve ajudar a definir as novas cidades. “A loja online vai ter atendimento no Brasil todo e a gente já começa a ter um feeling dos locais que tem mais demanda”, diz.

Com faturamento anual de 2,2 milhões de reais, a empresa descarta a venda de franquias no curto prazo. “Antes queremos ter uma boa base com lojas próprias”, justifica Herrera. Segundo ele, o investimento em cada nova unidade é de 350 mil reais.

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