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Os principais sinais de que é hora de repensar seu negócio

Professores recomendam que empresários procurem uma consultoria antes de decidir

Homem triste com a cabeça baixa (Getty Images)

Homem triste com a cabeça baixa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 05h00.

São Paulo – A decisão não é fácil de ser tomada, mas há determinados momentos em que pequenos empresários se questionam se a melhor solução é desistir do negócio. “Desistir não é necessariamente fechar a empresa. Empresários podem escolher repassar ou vender o negócio”, diz Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

Para Adalberto Belluomini, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), independente do porte da empresa, o ideal é não desistir tão rápido e tentar repensar o negócio. “Como é novo, há uma série de ajustes e é comum você ter que lidar com muitas coisas que não previa”, explica.

Os especialistas alertam que não é recomendável que o empreendedor tome essa decisão sem uma consultoria, paga ou não. “Ter mentores pode ser uma prática muito saudável para um empresário, pois ele precisa dividir seus dilemas e dúvidas”, explica. Com a ajuda de Nakagawa e Belluomini, Exame.com listou alguns indicadores que mostram que é o momento de repensar sobre o trajeto da empresa.

1. Finanças no vermelho

Todo empreendedor deveria ter um planejamento estratégico a longo prazo, de três a cinco anos. Dessa maneira, fica mais fácil avaliar como está a situação financeira da empresa. “Para chegar a desistir do negócio é porque não está condizente mais com o mercado e não está tendo retorno financeiro. As vendas estão ruins e colocando em risco a lucratividade do negócio, isso se não estiver levando prejuízo”, explica Belluomini.

Ignorar esse sinal pode ser pior para a saúde de uma pequena empresa. “Essa situação de desespero chega aos clientes, fornecedores e colaboradores e pode ficar ainda mais caro depois para fechar a empresa”, explica Nakagawa.

2. Mudança no mercado

Belluomini explica que há ocasiões em que o consumidor muda e que é preciso frieza por parte do empresário para entender que a empresa também deve mudar sua estratégia. “O que é fundamental é não se deixar levar pela paixão”, afirma.


3. Produto obsoleto

Mudanças na área de tecnologia, por exemplo, podem resultar na extinção de alguns produtos ou setores, como no caso da entrada das câmeras digitais que mudaram o mercado de filmes e revelação de fotos.

Desistir é uma opção quando o empresário não tem capital para investir e se adequar ao sistema. Nakagawa explica que há empresas que compram negócios com dificuldades e os outros players do mercado podem se interessar em adquirir a empresa. Vale a pena pesquisar e fazer um planejamento antes de vender o negócio. 

4. Problemas pessoais

Às vezes, é um casamento que resultou em divórcio e com isso a sociedade da empresa também foi prejudicada. E, há situações em que a sucessão familiar é o problema, quando não há pessoas capacitadas para liderar a empresa.

Para Nakagawa, se o empresário não conseguiu se identificar com o negócio, e sente que não está realizado pessoalmente e profissionalmente, isso também é um sinal de que ele não deve insistir em manter as coisas como estão.

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