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Os erros que podem destruir uma rede de franquias

Quais os principais fatores para a mortalidade ou para a estagnação de redes franqueadoras? A consultoria Rizzo Franchise, especializada em franquias, divulgou, nesta quinta-feira (23/11), as situações que mais dificultam o crescimento das redes, pela ótica dos próprios franqueadores. Foram entrevistados 117 empresários. Veja os principais equívocos que eles apontaram. 1o erro: criar vários modelos para uma mesma […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quais os principais fatores para a mortalidade ou para a estagnação de redes franqueadoras? A consultoria Rizzo Franchise, especializada em franquias, divulgou, nesta quinta-feira (23/11), as situações que mais dificultam o crescimento das redes, pela ótica dos próprios franqueadores. Foram entrevistados 117 empresários. Veja os principais equívocos que eles apontaram.

1o erro: criar vários modelos para uma mesma franquia.    Muitos empreendedores desenvolvem várias formas de expansão para o negócio: loja, quiosque, barraca. Também modificam os produtos oferecidos nos balcões a depender da região ou estado. A maleabilidade, a longo prazo, pode apagar a identidade da rede. "A idéia de uma franquia é justamente o padrão", diz Marcus Rizzo, sócio da Rizzo Franchise.  "Adaptações normalmente são um sinal de um erro anterior: a franquia está instalada no lugar errado, sem mercado" . 

2o erro: expandir a qualquer custo. O foco do franqueador não deve ser a quantidade de lojas, mas sim a rentabilidade de seus franqueados. Não adianta montar cem lojas se não houver lucro.

3o erro: montar várias marcas de franquias.  Consolidar uma única marca é melhor que pulverizar esforços, segundo a pesquisa. "Em franquias, há um mundo inteiro para conquistar", diz Rizzo. "Imagine o que teria acontecido se, na 50a loja, o McDonald';s tivesse decidido diversificar sua atuação?" 

4o erro: vender franquias sem nunca ter operado lojas próprias. Cerca de 13% dos franqueadores brasileiros nunca tiveram uma unidade das próprias franquias que oferecem. "A franquia é a venda de experiência. Como vender uma experiência que ainda não aconteceu?", pergunta Rizzo. 

5o erro:  enxergar a franquia como um canal de distribuição. Quase 42% dos franqueadores brasileiros priorizam a venda de seus produtos em vez de priorizar a operação, e acabam deixando de lado a preocupação com a rentabilidade das lojas. O franqueado tende a reagir montando sua própria rede de franquias ou comprando de outros fornecedores e misturando produtos na loja. No Brasil, 76% dos franqueadores que quebraram nos últimos oito anos eram franqueadores de marca e produto - ganhavam não apenas com a franquia, mas como fornecedores.

6o erro: selecionar mal os franqueados. É preciso fugir de alguns perfis de franqueados - como ex-funcionários, por exemplo. Também não se deve comercializar um ponto de franquia apenas por causa de uma boa oferta. Toda nova loja deve ser precedida de uma extensa análise de viabilidade. Senão, a franquia acabará chegando a vários locais nos quais o franqueador não tem nenhum suporte. A conseqüência é o fechamento de lojas e prejuízo à marca.

7o erro: contratar corretores de franquias. "O corretor está muito mais interessado na comissão que no sucesso do empreendimento", diz Rizzo. O franqueador, e não um intermediário, deve vender o negócio.

8o erro: administrar mal os fundos de propaganda. Esse é o erro que mais causa reações raivosas por parte do franqueado, segundo a pesquisa. É muito comum quando o franqueado expandiu de forma não calculada. "Um franqueado de Manaus, por exemplo, se sente lesado com uma propaganda institucional que não aumenta as vendas do seu negócio", diz Rizzo.

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