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Os 6 tipos de empreendedores mais comuns no Brasil

Estudo da Endeavor indica que 61% dos entrevistados desejam abrir um negócio nos próximos cinco anos; veja principais perfis

Estudo da Endeavor indica que 61% dos entrevistados desejam abrir um negócio nos próximos cinco anos (Divulgação / Projeto Rio+/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 17h03.

São Paulo – Desejo de protagonismo, otimismo, autoconfiança, coragem para aceitar riscos e resiliência. Esses são os aspectos comuns e essenciais de quem têm comportamento empreendedor. É o que mostra o estudo “Os Perfis dos Empreendedores Brasileiros”, feito pela Endeavor em parceria com o Grupo Troiano.

A pesquisa revela que 73% dos entrevistados priorizam a qualidade de vida em detrimento à superação constante. Para os pesquisadores, não querer ser sempre melhor é um dos problemas dos empreendedores brasileiros.

A vontade de empreender é alta e 61% dos entrevistados declaram ter planos para abrir o próprio negócio nos próximos cinco anos. Entretanto, apenas 33% fizeram algum curso de empreendedorismo para se capacitar.

Ao analisar os aspectos comportamentais e motivacionais do entrevistado que empreende ou que deseja empreender, o estudo reuniu as características dos perfis dos empreendedores brasileiros. Eles foram classificados em “Natos”, “Situacionistas”, “Meu Jeito”, “Idealista”, “Herdeiro” e “Busca do Milhão”. Veja os detalhes de cada perfil:

1. Natos
A motivação principal desse tipo de empreendedor é realizar seu sonho. Este tipo tem a tendência de ser empreendedor mesmo quando trabalha para outras pessoas. É o que mais aposta na atividade empreendedora para desenvolver o país e tem grande interesse em abrir um negócio nos próximos cinco anos.

2. Meu Jeito
Esse tipo de empreendedor quer fazer tudo do seu jeito e ser reconhecido por isso. Tem dificuldade de trabalhar em algo que não acredite e é fiel a suas crenças, ambições e valores. Em geral, tem pouca capacitação para empreender e concentra maior número de autônomos profissionais liberais.

3. Situacionista
De alguma maneira, os empreendedores desse perfil foram levados a empreender por questões como uma oportunidade que apareceu ou grande insatisfação com o mercado atual. Em geral, são menos otimistas e tem mais aversão ao risco.

4. Herdeiro
O empreendedor com esse perfil cresceu muito próximo a um modelo empreendedor e foi incentivado a seguir esse caminho. Alguns, literalmente herdam o negócio dos familiares. Experiências anteriores, tanto positivas quanto negativas, são a motivação principal.

5. Idealista
A motivação principal desse tipo de empreendedor é contribuir, fazer a sua parte. Ele busca contribuir para uma transformação social, ajudando a melhorar a vida de um grupo de pessoas, sem abrir mão de seus valores.

6. Busca do Milhão
O maior foco desse empreendedor é o lucro e o empreendedorismo é a sua maneira para alcançar fortuna. É ambicioso e ganancioso.

A população brasileira se divide em situacionistas (31%), busca do milhão (25%), meu jeito (14%), idealista (12%), nato (12%) e herdeiro (7%). A Endeavor disponibilza um teste para descobrir qual é o seu perfil empreendedor.

Pamella Gonçalves, diretora de pesquisa e mobilização da Endeavor, afirma que conhecer o próprio perfil ajuda a escolher o melhor negócio em que investir. “Para os atuais e futuros empreendedores, conhecer o próprio perfil ajuda a compreender suas principais alavancas de motivação. Assim, é possível escolher melhor o negócio em que investir seu tempo e até a melhor estratégia a seguir em sua empresa”, explica, em comunicado.

O estudo teve como base mais de 4 mil entrevistas e foi realizado por meio de etapas qualitativas e quantitativas. Na etapa qualitativa, foram realizadas 33 entrevistas com empreendedores e duas entrevistas com especialistas durante entre abril e maio deste ano. No caso da quantitativa, foram feitas 3917 entrevistas online em 14 capitais do país como Belém, Curitiba, Goiânia, Recife, São Paulo, dentre outras. Veja abaixo o estudo completo:

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São Paulo – Uma maneira de se inspirar para ter uma ideia de negócio é observar um mercado e buscar novas maneiras de resolver determinados problemas. Com a ajuda de Fernando de la Riva, CEO da Concrete Solutions, Guilherme Junqueira, Gestor de Projetos da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), e Rômulo Muzzi Câmara, responsável pela relação com investidores do SEED, EXAME.com listou os setores mais promissores para quem deseja empreender e investir em uma startup no ano que vem.
  • 2. 1. Mobilidade urbana

    2 /10(Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas/Divulgação)

  • Veja também

    Os aplicativos que ajudam a encontrar táxis são exemplos de como é possível mudar a maneira como o consumidor utiliza um serviço. EasyTaxi, Waze e Moovit são startups que se destacam nesse segmento. "Entretanto, a dor deste tópico é enorme e ainda existe espaço para novas ideias que apostem em resolver os problemas de mobilidade”, afirma Riva.
  • 3. 2. Energia

    3 /10(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

  • A demanda por uma energia limpa e sustentável é um problema mundial. Por isso, Câmara acredita que startups que buscam soluções que possam ajudar na geração de uma energia limpa e sustentável terão destaque no ano que se aproxima.
  • 4. 3. Mercado imobiliário

    4 /10(Divulgação/Imovelweb)

    A inadimplência e devolução de imóveis são alguns problemas presentes no setor. “Alguém que facilite a reestruturação de contratos e renegociação de dívidas bem como a revenda de imóveis pode estar no lugar certo e na hora certa”, diz Riva.
  • 5. 4. Soluções para pequenas empresas

    5 /10(Divulgação/iZettle)

    Para Junqueira, serviços que possam ajudar pequenas empresas a baixarem seus custos ainda são uma tendência. “Softwares para pequenas empresas ainda tem um grande mercado a ser atendido. E do micro ao pequeno empresário, eles estão tendo condições de adotar essas soluções”, afirma Câmara.
  • 6. 5. Educação

    6 /10(Raul Junior/EXAME.com)

    “Hoje as pessoas buscam novas qualificações para buscar uma formação complementar e as startups que atuam no segmento educacional encontraram um nicho de mercado”, afirma Câmara. Para Riva, startups que conseguem aliar educação à distância móvel e gamificada têm uma grande chance de sucesso.
  • 7. 6. E-commerce de nicho

    7 /10(Arquivo)

    O mercado de comércio eletrônico só tende a crescer com a facilidade que já existe para comprar sem sair de casa. Para Junqueira, moda, artigos de luxo e produtos para pets são alguns exemplos de nichos que podem ser explorados pelas startups brasileiras.
  • 8. 7. Saúde

    8 /10(Stock.xchng / Kurhan)

    Marcação de consultas, exames e prontuários digitais são alguns pontos a serem observados pelos empreendedores. Riva explica que iniciativas neste sentido ainda são raras e pouco exploradas. “Esse segmento está em alta não só para startups, pois ainda há muito para contribuir na vida das pessoas”, completa Câmara.
  • 9. 8. Internet das coisas

    9 /10(Divulgação)

    Esse setor conecta itens usados no dia-a-dia à internet para facilitar a vida dos consumidores. “Ninguém assumiu o controle dessas áreas aqui no Brasil. Vale a pena considerar essas novas tecnologias como forma de disruptar mercados e criar novas ideias para tirar ineficiências e atender a carência de serviços de qualidade que o Brasil tem”, afirma Riva.
  • 10. Agora, leia mais sobre empreendedorismo

    10 /10(Wikipedia Commons)

  • Acompanhe tudo sobre:EmpreendedoresEndeavor

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