O que avaliar em uma sociedade?
A escolha de um bom sócio é um dos fatores determinantes para o sucesso do negócio, diz especialista
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2012 às 14h35.
O que avaliar em uma sociedade?
Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo
Não existe outra forma de começar esse artigo sem dizer que uma sociedade é semelhante a um casamento. Ninguém casa para depois separar, ou ninguém vira sócio para posteriormente quebrar a sociedade. Essa decisão não é uma decisão simples: existe a fase do conhecimento mútuo, a conquista, o namoro e o casamento.
A escolha de um bom sócio é um dos fatores determinantes para o sucesso do negócio e, no extremo oposto, uma escolha ruim pode ser o fator central que vai afundar o seu negócio. Essa boa escolha deve seguir alguns princípios simples, mas fundamentais em uma sociedade de sucesso.
Os sócios devem ter plena confiança e respeito entre eles. A confiança e o respeito entre sócios devem ser totais. Isso só é possível entre sócios que têm carácter e boa índole. Por exemplo, se um sócio vai entrar de férias, ele pode ter a plena certeza de que a empresa estará sob a liderança de uma pessoa confiável. Qualquer desconfiança em uma sociedade pode ser motivo para uma briga e até mesmo quebra de sociedade.
Os sócios devem ter qualidades complementares. Não estou dizendo que dois sócios com a mesma formação ou com as mesmas habilidades não terão sucesso. Não é uma regra exata, mas se um sócio é muito bom em gestão de pessoas e o outro é muito bom na parte operacional, a complementariedade é extremamente benéfica para o negócio, seguindo a lógica de que o todo é sempre maior que as partes.
Tenha em mente que um bom sócio deve agregar na sua operação, cobrindo eventuais fraquezas na operação ou em você, trazendo benefícios para o negócio, independente da forma, via capital, gestão ou network, por exemplo. Se você está buscando um sócio para o seu negócio, independente de ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica, (por exemplo no caso dos fundos de investimentos em participações) a lógica do valor agregado permanece a mesma.