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O pãozinho que saiu do freezer na Zin Pão

O padeiro Antônio João Zin expandiu a Zin Pão ao produzir salgados e doces congelados - e fornecê-los a grandes redes de supermercados

Antônio João Zin: "A Zin Pão deslanchou depois dos salgados e dos doces congelado" (Tamires Kopp/ Print Maker)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 12h48.

O empreendedor gaúcho Antônio João Zin, de 43 anos, conseguiu expandir sua empresa, a Zin Pão, ao descobrir um ponto frágil das redes de supermercados — as seções de panificação. As padarias atraem clientes para as lojas, mas são difíceis de administrar, pois exigem mão de obra e área específicas para a produção. Convicto de que tem a solução para o problema, Zin passou a oferecer a supermercados salgados e doces congelados, que, após alguns minutos no forno, são vendidos ao consumidor. Assim, ele acabou transformando uma pequena fábrica de pães numa empresa que colheu 12,8 milhões de reais no ano passado — dez vezes mais do que em 2006 — fornecendo a várias das maiores redes do sul do país. “Percebi uma oportunidade e fui atrás”, diz Zin.

Oriundo de uma família que possui quatro padarias em Erechim, no Rio Grande do Sul, Zin não se conformava em ter de acordar antes de o sol nascer para ajudar a fazer pão na padaria de seu pai. "Foi essa a minha rotina dos 9 aos 20 anos”, diz ele. “Sempre quis encontrar uma forma de libertar os padeiros dessas madrugadas."

Em 2003, Zin trouxe para sua empresa uma tecnologia para produzir pão francês congelado com antecipação. De manhã, era só assá-los. "Ninguém precisa mais chegar tão cedo", diz. "Além disso, o processo exige menos funcionários, pois não se faz mais tantos pães de uma vez."


Algum tempo depois, o processo de congelamento foi adaptado para salgados e doces, o que trouxe mais flexibilidade para sua padaria atender a pedidos para festas. "Pensei o seguinte: se tenho necessidade, outros fornecedores de salgados e doces também têm", diz Zin.

Ele passou, então, a vender esses doces e salgados, como coxinhas e pastéis, para grandes redes de supermercados abastecerem seus setores de padaria. Nos principais contatos, muitas vezes é o próprio Zin quem demonstra o produto e explica como, em alguns minutos, ficam prontos guloseimas e salgadinhos que normalmente demorariam horas para ser feitos.

Além da rapidez, Zin tem outros argumentos. Um deles é o menor custo com pessoal — quem vende os produtos pré-prontos, afirma, pode operar com um único funcionário onde havia cinco. Além disso, o supermercado pode liberar uma boa área, antes usada na preparação completa dos produtos, para as vendas. "O verdadeiro negócio de um supermercado é vender produtos — não fabricá-los", diz o consultor de varejo Eugenio Foganholo, da Mixxer.

Atualmente, a Zin Pão vende mais de 100 itens para cerca de 2 000 clientes. Além de supermercados, a empresa fornece a bufês, pequenas padarias e restaurantes. O pãozinho, que deu origem ao negócio, agora representa menos de 5% de seu faturamento. "A Zin Pão deslanchou com os salgadinhos e doces", afirma Zin.

Mais recentemente, a empresa testou o mercado de pão de queijo. Nos primeiros sete meses após o lançamento, foram vendidas cerca de 100 toneladas mensais — um patamar esperado apenas para quando o produto tivesse três anos de vida. A boa aceitação animou Zin a triplicar a capacidade da fábrica de pão de queijo até o fim do ano e criar uma marca própria, a Fazenda Minas. Agora, o objetivo imediato é avançar no Sudeste. "Vamos dobrar de tamanho nos próximos cinco anos", diz Zin.

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O empreendedor gaúcho Antônio João Zin, de 43 anos, conseguiu expandir sua empresa, a Zin Pão, ao descobrir um ponto frágil das redes de supermercados — as seções de panificação. As padarias atraem clientes para as lojas, mas são difíceis de administrar, pois exigem mão de obra e área específicas para a produção. Convicto de que tem a solução para o problema, Zin passou a oferecer a supermercados salgados e doces congelados, que, após alguns minutos no forno, são vendidos ao consumidor. Assim, ele acabou transformando uma pequena fábrica de pães numa empresa que colheu 12,8 milhões de reais no ano passado — dez vezes mais do que em 2006 — fornecendo a várias das maiores redes do sul do país. “Percebi uma oportunidade e fui atrás”, diz Zin.

Oriundo de uma família que possui quatro padarias em Erechim, no Rio Grande do Sul, Zin não se conformava em ter de acordar antes de o sol nascer para ajudar a fazer pão na padaria de seu pai. "Foi essa a minha rotina dos 9 aos 20 anos”, diz ele. “Sempre quis encontrar uma forma de libertar os padeiros dessas madrugadas."

Em 2003, Zin trouxe para sua empresa uma tecnologia para produzir pão francês congelado com antecipação. De manhã, era só assá-los. "Ninguém precisa mais chegar tão cedo", diz. "Além disso, o processo exige menos funcionários, pois não se faz mais tantos pães de uma vez."


Algum tempo depois, o processo de congelamento foi adaptado para salgados e doces, o que trouxe mais flexibilidade para sua padaria atender a pedidos para festas. "Pensei o seguinte: se tenho necessidade, outros fornecedores de salgados e doces também têm", diz Zin.

Ele passou, então, a vender esses doces e salgados, como coxinhas e pastéis, para grandes redes de supermercados abastecerem seus setores de padaria. Nos principais contatos, muitas vezes é o próprio Zin quem demonstra o produto e explica como, em alguns minutos, ficam prontos guloseimas e salgadinhos que normalmente demorariam horas para ser feitos.

Além da rapidez, Zin tem outros argumentos. Um deles é o menor custo com pessoal — quem vende os produtos pré-prontos, afirma, pode operar com um único funcionário onde havia cinco. Além disso, o supermercado pode liberar uma boa área, antes usada na preparação completa dos produtos, para as vendas. "O verdadeiro negócio de um supermercado é vender produtos — não fabricá-los", diz o consultor de varejo Eugenio Foganholo, da Mixxer.

Atualmente, a Zin Pão vende mais de 100 itens para cerca de 2 000 clientes. Além de supermercados, a empresa fornece a bufês, pequenas padarias e restaurantes. O pãozinho, que deu origem ao negócio, agora representa menos de 5% de seu faturamento. "A Zin Pão deslanchou com os salgadinhos e doces", afirma Zin.

Mais recentemente, a empresa testou o mercado de pão de queijo. Nos primeiros sete meses após o lançamento, foram vendidas cerca de 100 toneladas mensais — um patamar esperado apenas para quando o produto tivesse três anos de vida. A boa aceitação animou Zin a triplicar a capacidade da fábrica de pão de queijo até o fim do ano e criar uma marca própria, a Fazenda Minas. Agora, o objetivo imediato é avançar no Sudeste. "Vamos dobrar de tamanho nos próximos cinco anos", diz Zin.

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