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Nuvini compra startup Effecti e avança no plano de criar uma holding de tecnologia

Fundada por Pierre Schurmann, da Bossa Nova Investimentos, a Nuvini pretende comprar mais dez empresas até o mês de abril

Pierre Schurmann, fundador da Nuvini: a empresa quer se tonrar uma holding de empresas de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) (Nuvini/Divulgação)
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Carolina Ingizza

Publicado em 10 de março de 2021 às 18h15.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 11h20.

A Nuvini, holding de empresas de tecnologia do empresário e investidor Pierre Schurmann, acaba de anunciar a compra da startup catarinense Effecti, especializada em desenvolver sistemas para empresas participantes de licitações . Essa é a segunda aquisição anunciada pela empresa neste ano: em fevereiro, ela comprou a startup de marketing digital Leadlovers.

Até abril, o plano da companhia é trazer mais dez empresas para seu portfólio, terminando o ano com faturamento de 350 milhões de reais e se consolidando como um grupo de empresas de SaaS (software como um serviço, na sigla em inglês). A companhia se inspira no modelo do grupo canadense Constellation Software, que é composto de mais de 250 negócios, em que os fundadores das startups se mantêm ativos na operação.

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“Esse modelo incentiva que todos os empreendedores foquem no crescimento de seus negócios, já que, ao terem participação no grupo, quando uma startup alcança boa performance, todos os demais ganham”, diz Schurmann.

Para as aquisições, a Nuvini procura empresas de SaaS que atuem nos mercados de marketing e vendas; produtividade e finanças; e controle. O foco do grupo está em negócios com mais de cinco anos de operação e que faturem entre 20 milhões e 50 milhões de reais por ano. Nos próximos quatro anos, a meta é realizar 100 aquisições.

Trajetória da Effecti

Fundada em 2013 pelos empreendedores Fernando Salla e Everton Porath, a Effecti é uma startup que automatiza a participação de companhias em licitações públicas. Os sócios se conheceram trabalhando em uma empresa que desenvolve softwares de gestão pública e decidiram sair para fundar o próprio negócio. “Vimos que os pregões eletrônicos estavam crescendo e faltava tecnologia para auxiliar os licitantes”, diz Salla, presidente da Effecti.

Hoje, a startup atende a mais de 1.400 clientes, entre eles empresas como Johnson & Johnson e Claro. Pela sua plataforma, a Effecti ajuda as empresas a saber quais editais estão abertos, preenche automaticamente informações nos portais de licitações, automatiza as disputas de lances e até mesmo monitora o chat do pregoeiro. Só em 2020, foram movimentados 11 bilhões de reais no seu sistema.

A empresa chegou até 2021 sem investidores externos, então decidiu aceitar o processo de compra pela Nuvini para poder continuar crescendo. A empresa, que tem um time de 70 pessoas, quer terminar o ano com 110 funcionários e crescimento de receita de pelo menos 40%.

“Com apoio da Nuvini, conseguimos fechar o planejamento para os próximos três anos para podermos escalar o negócio com muito mais força e nos tornarmos a maior referência de mercado no segmento”, diz Salla.

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