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Negociação do SoftBank com bancos para resgate da WeWork é paralisada

Crise na WeWork eclodiu após cancelamento de IPO em razão de preocupações de investidores sobre governança corporativa e atitudes do cofundador Adam Neumann

WeWork: plano de resgate da startup agora está ameaçado (Kate Munsch/Reuters)

WeWork: plano de resgate da startup agora está ameaçado (Kate Munsch/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de dezembro de 2019 às 11h53.

Tóquio - Negociações do SoftBank Group Corp. para obter 3 bilhões de dólares dos três maiores bancos do Japão pararam, uma vez que as instituições financeiras atingiram limites internos de empréstimos ao grupo, disseram duas fontes, o que complica um plano de resgate de 9,5 bilhões de dólares para o WeWork.

O conglomerado de tecnologia japonês agora deve entrar em 2020 sem o financiamento da WeWork, disseram as fontes, acrescentando que os bancos também estão preocupados com os riscos envolvidos no resgate da startup norte-americana de escritórios compartilhados.

Mizuho Financial Group Inc, Mitsubishi UFJ Financial Group Inc (MUFG) e Sumitomo Mitsui Financial Group Inc (SMFG) estão buscando maneiras de fornecer o financiamento, mas compensando a exposição, disseram as fontes.

O SoftBank não respondeu a um pedido de comentário. Mizuho, ​​MUFG e SMFG se recusaram a comentar.

 

Uma opção é usar parte da participação de 26% do SoftBank na principal empresa de comércio eletrônico da China, o Alibaba Group Holding Ltd, como garantia, disseram as fontes.

"O SoftBank é um cliente importante, por isso queremos fazer tudo o que pudermos para ajudar, mas temos que considerar nosso risco de crédito", disse executivo de banco de investimentos sênior.

As conversas ilustram a dificuldade que o SoftBank representa para os bancos do Japão. O fundador Masayoshi Son há muito tempo é uma fonte lucrativa de empréstimos corporativos na terceira maior economia do mundo, onde os bancos normalmente precisam emprestar a taxas de juros extremamente baixas, devido a anos de deflação.

Mas a crescente dívida e turbulência do SoftBank na WeWork também destacam o perfil de maior risco da empresa.

"Os bancos não podem afrouxar seus critérios de crédito apenas para o SoftBank", disse o diretor sênior da S&P Global Ratings, Ryoji Yoshizawa.

Outra opção para diluir o risco é um empréstimo sindicalizado, disse Yoshizawa, acrescentando que isso seria demorado - potencialmente atrasando o financiamento.

O SoftBank anunciou em outubro que lançaria um socorro de 9,5 bilhões de dólares à WeWork após o cancelamento da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da startup, em razão de preocupações de investidores sobre sua governança corporativa e atitudes do cofundador Adam Neumann.

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