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PMEs têm oportunidades com Mercosul

Representantes do bloco debatem oportunidades e entraves para o comércio entre países da região

Serviços em saúde e beleza e venda de produtos de limpeza e de higiene pessoal são grandes oportunidades de negócios para as PMEs dos países de fronteira com Brasil (Norberto Duarte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 07h35.

Curitiba - Brasil e Argentina dominam 97% das exportações para o Mercosul . Mais do que um entrave, a concentração do comércio do bloco nas duas nações pode apresentar oportunidades para as micro e pequenas empresas (MPE) de outros países participarem do comércio regional. A opinião é da diretora de promoção de iniciativas empresariais e associativismo, do Ministério da Produção do Peru, Melina Burgos Quiñones.

Ela afirma que as empresas têxteis peruanas poderiam fornecer matéria prima de qualidade em troca de expertise brasileira e argentina nas áreas de design e moda. Segundo Melina, “o programa peruano de desenvolvimento das MPE ampara-se em quatro pilares: qualidade, financiamento, tecnologia e formação profissional”. No entanto, a informalidade e a falta de mecanismos de acesso ao crédito impedem o acesso do segmento ao mercado exterior.

Melina Quiñones esteve no Brasil durante o 3° Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex), realizado em Curitiba nos dia 1º e 02 de dezembro. O evento reuniu representantes do Paraguai, Argentina, Brasil e Peru para debaterem a competitividade das MPE do bloco em mercados externos.

Ainda que domine faixa expressiva das trocas entre os membros do Mercosul, a fragilidade jurídico-administrativa das normas argentinas de comércio exterior e o excesso de burocracia entravam o comércio internacional, segundo o representante da Câmara dos Empreendedores da Região do Iguaçu (Caempri), da Argentina. Ele também citou que as MPE argentinas têm baixa participação em programas de apoio e desenvolvimento.

Luiz Antônio Rolim de Moura, consultor do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Integração Transfronteiriça de Micro e Pequenas Empresas do Mercosul e América Latina (CDT-AL), do Sebrae, comentou que aspectos culturais, dificuldades logísticas e de cobrança e legislação restritiva dificultam a integração das MPE brasileiras ao comércio exterior. “Porém, existem canais e caminhos, falta ainda acesso a informação. O segredo é sair da empresa para conhecer os mercados e ferramentas disponíveis”, aconselhou. Ele observou que serviços em saúde e beleza e venda de produtos de uso contínuo, de consumo popular e de baixo custo, como os de limpeza e de higiene pessoal, são grandes oportunidades de negócios para as MPE dos países de fronteira com Brasil.

Fernando Espíndola, gerente da plataforma de cooperação técnica com o Sebrae e responsável pela área de desenvolvimento empresarial da Fundação Parque Tecnológico Itaipu, no Paraguai, comentou que o país vizinho, atua para fazer com que as empresas alcancem excelência empresarial e diferenciais competitivos. Para isso, explica Espíndola, a instituição investe em programas focados em eficiência e qualidade de produtos e serviços, inclusive promovendo intercâmbio de boas práticas com nações vizinhas.

Potenciais exportadoras

Brizuela ainda citou que as MPE argentinas que mais se interessam pelas exportações são dos setores de como vitivinicultura, fruticultura e prestadoras de serviços. No caso, o interesse é maior pelas madeireiras, produtores de couro e derivados, artesanato, fabricantes de software e produtores de stévia – matéria prima de adoçantes.

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Curitiba - Brasil e Argentina dominam 97% das exportações para o Mercosul . Mais do que um entrave, a concentração do comércio do bloco nas duas nações pode apresentar oportunidades para as micro e pequenas empresas (MPE) de outros países participarem do comércio regional. A opinião é da diretora de promoção de iniciativas empresariais e associativismo, do Ministério da Produção do Peru, Melina Burgos Quiñones.

Ela afirma que as empresas têxteis peruanas poderiam fornecer matéria prima de qualidade em troca de expertise brasileira e argentina nas áreas de design e moda. Segundo Melina, “o programa peruano de desenvolvimento das MPE ampara-se em quatro pilares: qualidade, financiamento, tecnologia e formação profissional”. No entanto, a informalidade e a falta de mecanismos de acesso ao crédito impedem o acesso do segmento ao mercado exterior.

Melina Quiñones esteve no Brasil durante o 3° Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex), realizado em Curitiba nos dia 1º e 02 de dezembro. O evento reuniu representantes do Paraguai, Argentina, Brasil e Peru para debaterem a competitividade das MPE do bloco em mercados externos.

Ainda que domine faixa expressiva das trocas entre os membros do Mercosul, a fragilidade jurídico-administrativa das normas argentinas de comércio exterior e o excesso de burocracia entravam o comércio internacional, segundo o representante da Câmara dos Empreendedores da Região do Iguaçu (Caempri), da Argentina. Ele também citou que as MPE argentinas têm baixa participação em programas de apoio e desenvolvimento.

Luiz Antônio Rolim de Moura, consultor do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Integração Transfronteiriça de Micro e Pequenas Empresas do Mercosul e América Latina (CDT-AL), do Sebrae, comentou que aspectos culturais, dificuldades logísticas e de cobrança e legislação restritiva dificultam a integração das MPE brasileiras ao comércio exterior. “Porém, existem canais e caminhos, falta ainda acesso a informação. O segredo é sair da empresa para conhecer os mercados e ferramentas disponíveis”, aconselhou. Ele observou que serviços em saúde e beleza e venda de produtos de uso contínuo, de consumo popular e de baixo custo, como os de limpeza e de higiene pessoal, são grandes oportunidades de negócios para as MPE dos países de fronteira com Brasil.

Fernando Espíndola, gerente da plataforma de cooperação técnica com o Sebrae e responsável pela área de desenvolvimento empresarial da Fundação Parque Tecnológico Itaipu, no Paraguai, comentou que o país vizinho, atua para fazer com que as empresas alcancem excelência empresarial e diferenciais competitivos. Para isso, explica Espíndola, a instituição investe em programas focados em eficiência e qualidade de produtos e serviços, inclusive promovendo intercâmbio de boas práticas com nações vizinhas.

Potenciais exportadoras

Brizuela ainda citou que as MPE argentinas que mais se interessam pelas exportações são dos setores de como vitivinicultura, fruticultura e prestadoras de serviços. No caso, o interesse é maior pelas madeireiras, produtores de couro e derivados, artesanato, fabricantes de software e produtores de stévia – matéria prima de adoçantes.

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