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Metade das pequenas indústrias sofre sem água e energia

Os pequenos empresários relataram que houve impactos na produção, na mão de obra e nos custos pela falta de água

Para moradores da capital paulista, o risco de uma crise mais grave é grande (Divulgação/Cesan)

Para moradores da capital paulista, o risco de uma crise mais grave é grande (Divulgação/Cesan)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 09h30.

São Paulo – As micro e pequenas indústrias do estado de São Paulo estão sofrendo com a falta de energia e água. É o que mostra o levantamento encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) ao Datafolha. A pesquisa indica que 31% das empresas tiveram problemas com abastecimento de água e 81% destes relataram que o corte chegou a mais de quatro horas.

Os dados mostram o impacto das novas medidas econômicas e do suprimento de água e energia sobre a pequena empresa entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano. Foram realizadas 314 entrevistas no estado de São Paulo e a coleta de dados ocorreu entre os dias 6 a 13 de fevereiro de 2015.

Os empresários relataram que houve impactos na produção, na mão de obra e nos custos pela falta de água. Ausência de conexão a internet e telefonia, atraso na produção e entrega, paralisação da produção devido à falta de energia, dispensa dos funcionários devido à falta d'água, restrição ao uso do banheiro e custos a mais para adquirir água potável foram alguns dos impactos citados.

Na Região Metropolitana, 45% tiveram problemas com abastecimento de água, índice que chega a 51% na capital. Dos entrevistados, 49% ficaram mais de quatro horas sem energia elétrica. No caso das pequenas indústrias, 43% sofreram com danos e quebra de equipamentos por conta da falta de energia.

A pesquisa também mostra que 32% não adotaram nenhuma medida para economizar água. Na capital, 21% não adotaram nenhuma medida para economizar água. No interior esse índice chega a 42%.

Apenas dos 12% entrevistados possuem fonte alternativa de abastecimento de água e 3% possuem fonte alternativa de energia elétrica.

As novas medidas econômicas anunciadas pelo governo também foram avaliadas pelos donos de micro e pequenas Indústrias. Destes, 84% acreditam que o conjunto de medidas terá impacto negativo nas empresas.

Em comunicado, o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria, Joseph Couri, afirma que o sindicato deseja colaborar com o governo. “Os dados da pesquisa apontam para uma situação grave. O Simpi levará ao governo, nas esferas federal e estadual, sugestões de medidas para análise com a finalidade de colaborar com a solução dos problemas”, disse em comunicado.

Veja abaixo a pesquisa completa.

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