Marina Silva defende empreendedorismo nas escolas
A candidata do PV fala sobre as propostas para diminuir a burocracia e aumentar a inovação nas pequenas empresas
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.
São Paulo - No encontro promovido nesta terça-feira, pela Endeavor, Marina Silva disse que a educação empreendedora deve fazer parte da rotina escolar dos jovens. "Mas entrar como uma disciplina não resolve, tem que ser um conteúdo transversal em todas as disciplinas para ter uma eficiência maior", afirmou.
Na companhia de seu vice, Guilherme Leal, a candidata à presidência pelo Partido Verde falou sobre o que os empreendedores podem esperar caso seja eleita. "Nem estado máximo nem mínimo, temos que ter o estado necessário, que consegue prover aquilo que é o seu fazer, sem acabar com a criatividade da iniciativa privada", disse.
Vice-empreendedor
Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, falou sobre sua veia empreendedora e a importância de arriscar nos negócios. "Recursos a gente acha quando tem um bom projeto. Mas a figura central é a do empreendedor. É nele que está a capacidade de mudar", defendeu Leal.
Burocracia
É conhecido que o custo para abrir - e fechar - empresas no Brasil é um dos mais altos do mundo. Segundo uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o custo médio no Brasil é de R$ 2.038, contra R$ 1.213 na Colômbia e R$ 315 no Canadá.
A candidata defendeu a desburocratização por meio de um estado mais transparente e profissionalizado e com o uso da internet para simplificar processos. "Existem iniciativas bem sucedidas que demonstram que é absolutamente possível reduzir a burocracia para que o empreendedor possa ter foco em inovação e no negócio", completou Leal.
<hr> <p class="pagina">Ambos acreditam que a simplificação de processos deve beneficiar também a captação de crédito e diminuir a carga tributária. <br><br><strong>Inovação</strong><br>Na conversa com os empreendedores, Marina defendeu a disseminação da inovação nos pequenos negócios brasileiros. "No Brasil a gente não tem a cultura de investir para que algo possa virar um produto, uma patente. Há todo um estímulo de que se criem novos materiais em outros países, como nos Estados Unidos", afirmou a candidata. <br><br>Segundo ela, a economia de baixo carbono vai requerer isso. "Uma opção é criar leilões de patentes em que as empresas vão buscar o que os cientistas estão produzindo", sugeriu. <br><br>Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, também devem participar dos encontros da Endeavor sobre empreendedorismo, mas ainda não confirmaram.</p>
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