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Loja que só vende sapatos números 33 e 34 recebe aporte

A startup da empreendedora Tânia Gomes Luz disponibiliza mais de 180 modelos e recebeu um investimento do grupo Mulheres Investidoras-Anjo (MIA)

33e34: a loja online foi inaugurada em janeiro e tem mais de 180 modelos no catálogo (Divulgação)

Mariana Fonseca

Publicado em 15 de maio de 2015 às 15h21.

São Paulo - A 33e34, loja online brasileira especializada em sapatos femininos nessas numerações, acaba de receber um aporte da associação Mulheres Investidoras-Anjo (MIA). O valor do investimento não foi informado.

O e-commerce , inaugurado em janeiro deste ano pela empreendedora e CEO Tânia Gomes Luz, trabalha com os números de sapatos femininos 33 e 34, difíceis de serem encontrados com uma variedade de modelos significativa nas lojas convencionais.

O site disponibiliza mais de 180 modelos de 14 marcas, como Luiza Barcelos, Ballasox, Vicenza, Converse e Esdra. Alguns dos estilos de sapatos comercializados são basic, ethnic, minimal, entre outros.

O 33e34 já conta com um grupo de investidores-anjo , liderado pelo empreendedor João Kepler, para ajudar na estruturação do projeto e na captação de um aporte de 300 mil reais.

Mulheres Investidoras-Anjo

O MIA, criado pelas empreendedoras Ana Fontes, Camila Farani e Maria Rita Bueno, é um grupo feito por investidoras-anjo para fomentar projetos liderados por mulheres. Ele promove encontros entre empreendedoras que tenham potencial ou sejam investidoras-anjo ativas para compartilhar conhecimentos sobre esse tipo de investimento e também apresentar negócios em busca de aportes.

Em comunicado, Camila conta que a associação já havia avaliado o 33e34 em 2014. "Sentimos que a empreendedora ainda precisava alcançar algumas métricas importantes e decidimos declinar do projeto", diz a investidora.

Neste ano, ela afirma que reavaliou a startup e constatou "a evolução clara da empreendedora e da startup, agora já com uma tração interessante que valeria a condição risco x aporte". "A Tânia demonstrou claramente capacidade de execução, um dos fatores preponderantes para se ter interesse por parte do investidor, além do fato de estarmos vivendo um momento favorável ao e-commerce de nicho", afirma Camila.

São Paulo – Hoje, existem cerca de 800 mil pequenas empresas ligadas ao varejo de moda no Brasil. Para quem deseja empreender neste segmento, é preciso buscar estratégias para se diferenciar. O Sebrae identificou sete segmentos no mercado de moda para quem planeja abrir um negócio e preparou uma cartilha com orientações e informações sobre cada nicho.
  • 2. Moda plus size

    2 /9(olesiabilkei/Thinkstock)

  • Veja também

    De acordo com a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), o segmento de moda plus size é um mercado que cresce 6% ao ano e movimenta cerca de 5 bilhões de reais. Buscar fornecedores específicos, participar de feiras do segmento como o Fashion Weekend Plus Size e investir no corte e caimento das roupas são algumas estratégias de diferenciação.
  • 3. Moda gestante

    3 /9(Getty Images)

  • O público de moda gestante é específico e demanda mais atenção do empreendedor porque a numeração muda a cada semana. Segundo o Censo 2010, 83 milhões de mulheres tiveram filhos no país, sendo que a maioria é jovem. Para se destacar nesse mercado é preciso oferecer um mix de produtos com peças confortáveis e que estejam de acordo com as tendências de moda. Investir em produtos de bebês é uma das recomendações pra aumentar o faturamento do negócio.
  • 4. Moda ecológica e sustentável

    4 /9(Fuse/|Thinkstock/Reprodução)

    Além da modelagem, o mais importante é que a roupa seja feita de matéria-prima renovável e que polua menos. De acordo com os Institutos Akatu e Ethos, quase 10 milhões de pessoas adota valores e comportamentos mais sustentáveis de consumo. Investir em peças artesanais, buscar fornecedores especializados em matéria-prima ecológica e focar no e-commerce são algumas dicas da cartilha.
  • 5. Moda brechó

    5 /9(ViewApart/Thinkstock)

    De acordo com o cadastro nacional do Sebrae, o número de pequenas empresas especializado em artigos usados cresceu 210% em cinco anos. O investimento inicial para abrir uma loja é relativamente menor se comparado com outros segmentos de moda. Ter serviços diferenciados como leilões, bar, café e investir em networking para adquirir mercadorias são algumas dicas para quem deseja abrir um brechó.
  • 6. Moda evangélica

    6 /9(REUTERS/Sergio Perez)

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil possuía 42 milhões de evangélicos, o equivalente a 22% da população brasileira. Roupas com muito decote, transparências, saias e vestidos muito curtos devem ser evitados pelo dono do negócio. Visitar eventos, diversificar o canal de vendas e investir na propaganda boca a boca são algumas maneiras para vender mais.
  • 7. Moda streetwear

    7 /9(JohanJK/Thinkstock)

    O consumidor da moda streetwear não necessariamente é adepto do skate. Por isso, empreendedores deste segmento devem criar estratégias de promoção em shows, festas, feiras, usar as redes sociais e oferecer produtos criativos para conquistar mais clientes.
  • 8. Moda country

    8 /9(Dariildo/Thinkstock)

    Homens e mulheres que frequentam rodeios são os principais consumidores deste segmento. Aproveitar eventos como feiras agropecuárias, rodeios e shows sertanejos e fazer parcerias com duplas sertanejas e casas de festas são algumas maneiras de divulgar a marca do negócio. Oferecer outros serviços como consertos de chapéus é uma forma de aumentar as vendas.
  • 9. Agora, leia mais sobre empreendedorismo

    9 /9(Divulgação/Buzina Brasil)

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