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Lembra dele? Napster é comprado por startup britânica por US$ 70 mi

Com a aquisição, a startup MelodyVR, que transmite shows por streaming, espera reverter o prejuízo de quase 20 milhões de dólares registrado no ano passado

Napster: a empresa, criada em 1999, ficou famosa por popularizar o compartilhamento de músicas em mp3 na internet (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Napster: a empresa, criada em 1999, ficou famosa por popularizar o compartilhamento de músicas em mp3 na internet (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

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Carolina Ingizza

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 10h16.

O Napster, um dos programas que popularizou o compartilhamento de arquivos de música online, foi vendido esta semana para a startup britânica MelodyVR por 70 milhões de dólares. Fundada em 1999 por Sean Parker, um dos primeiros investidores do Facebook, a empresa se popularizou por permitir que os usuários baixassem música de graça pela internet.

Após batalhas perdidas ao longo dos anos contra a indústria fonográfica, a empresa precisou se reinventar como uma empresa de streaming nos moldes do que hoje são Spotify e Deezer. Hoje, a companhia tem mais de 3 milhões de usuários ativos e 90 milhões de faixas licenciadas.

A MelodyVR, por sua vez, foi criada em 2018 e possui uma tecnologia que permite que fãs assistam shows de seus ídolos em realidade virtual. Com a aquisição do Napster, a empresa espera criar uma plataforma de música mais completa e reverter os quase 20 milhões de dólares de prejuízo registrados no ano passado.

Ao Financial Times, o presidente da MelodyVR, Anthony Matchett, disse estar confiante de que conseguiria criar um player de música competitivo unindo as duas operações. "A aquisição nos coloca no caminho curto para ser lucrativos como grupo", afirmou o executivo ao jornal.

A compra do Napster, controlado até então pela RealNetworks, será paga com uma combinação de ações e dinheiro. A controladora irá receber 26,3 milhões de dólares 15 milhões em dinheiro e o restante em ações da MelodyVR. Os 44 milhões restantes serão pagos em acordos envolvendo as gravadoras e outros parceiros do Napster, segundo o jornal britânico The Guardian.

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