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Lei garante contratos para PMEs em obras da Copa de 2014

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa prioriza a contratação de PMEs em grandes obras públicas uma proporção de até 30% do valor das concorrências

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 10h16.

Salvador - Uma das maiores preocupações dos micro e pequenos empresários que participaram nesta terça-feira (26/10) do workshop “Copa 2014 - Como a pequena empresa pode ganhar esse jogo”, no auditório Orlando Moscozo, sede do Sebrae na Bahia, em Salvador, era se as micro e pequenas empresas teriam oportunidade nas grandes obras que antecedem o grande evento da Copa do Mundo.

O coordenador do Comitê Técnico do Programa do Sebrae para a Copa 2014, Dival Schmidt, garantiu aos participantes que a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa prioriza a contratação de PMEs em grandes obras públicas uma proporção de até 30% do valor das concorrências. “Cabe ao Sebrae , às entidades de classe e empresários organizados fazerem com que isso seja cumprido”, observou.

Dival Schmidt também garantiu que as micro e pequenas empresas locais serão ouvidas e terão a oportunidade de fazer os ajustes necessários na elaboração do diagnóstico que está sendo preparado pela Fundação Getulio Vargas para detectar oportunidades de trabalho para a Copa do Mundo na Bahia.

Também durante o debate o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia (Sincpocim), José Carlos Telles Soares, afirmou que para poderem usufruir das oportunidades de um grande evento como a Copa do Mundo, as empresas do setor precisam estar organizadas em sindicatos ou associações.

“Com o associativismo, as empresas tem condições de se capacitar para atender a grandes empresas e a grandes obras. Há dois anos, com o apoio do Sebrae e da Associação Brasileira de Cimento Portland, estamos participando de um programa que está melhorando a gestão e a capacidade da pequenas empresas do setor”, conta José Carlos Telles Soares.

Planejamento e Inovação

O empresário da área de Tecnologia da Informação Aníbal Sampaio também espera que as micro e pequenas empresas tenham voz neste grande evento que é a Copa do Mundo. Para ele, a inovação e o planejamento são essenciais para garantir espaço na Copa de 2014.

Aníbal lembrou que o baiano ainda não valoriza e não sabe que as empresas baianas de tecnologia da informação tem ótimos produtos e softwares, em condições de disputar com empresas do Rio e São Paulo. “Hoje 90% do faturamento da minha empresa é de fora”, afirma.

O secretário Extraordinário para Assuntos da Copa do Mundo no estado da Bahia, Ney Campello, respondeu à preocupação dos micro e pequenos empresários em relação a participação deles nas grandes obras da Copa do Mundo. Para o secretário, as grandes obras geram uma cadeia de negócios que requer a participação de muitas micro e pequenas empresas.

“O importante é que os empresários, como da construção civil, se articulem em seus seus sindicatos, para estarem preparados para o atendimento, porque vai ter muita obra até 2014 e é impossível pensar que uma grande empresa sozinha realize todas as obras de infraestrutura. Há espaço para todos. O que é preciso é que as pequenas empresas tenham planejamento e preparação porque estas obras tem prazos rigorosos”, destaca o secretário.

Uma equipe da Fundação Getulio Vargas vai mapear em Salvador, assim como nas outras 11 cidades sedes da Copa, as oportunidades em 10 setores da economia, como tecnologia da informação, comércio e serviços, para saber onde a pequena empresa pode atuar e ser fornecedora de grandes empresas destes setores.

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