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Aos 25 anos, empreendedor cresce com jeans para a classe C

Jovem e com pouco dinheiro no bolso, Wesley Dias de Araújo, 25, é um bom exemplo de pessoas que estão mudando suas vidas por meio do empreendedorismo

Lojas de calças jeans femininas em São Paulo (Divulgação)

Lojas de calças jeans femininas em São Paulo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 16h16.

São Paulo - Pesquisa GEM 2010 (Global Entrepreneurship Monitor) divulgada recentemente em São Paulo pelo Sebrae apontou que no ano passado os jovens entre 25 e 34 anos foram os que mais empreenderam. Eles estão por todos os cantos do país, buscando oportunidades que surgem com o crescimento e a estabilidade econômica. A maioria, revela a pesquisa, utiliza pouco capital, até R$ 10 mil, para abrir o negócio.

Jovem e com pouco dinheiro no bolso, Wesley Dias de Araújo, 25, é um bom exemplo de pessoas que estão mudando suas vidas por meio do empreendedorismo. Em menos de dois anos, ele já está com uma rede de cinco lojas de calças jeans femininas em São Paulo.

A oportunidade apareceu quando Araújo estava empregado em uma confecção. “Como trabalho desde os 17 anos com jeans, sempre fiquei atento aos pontos comerciais. Surgiu um ponto interessante em Osasco e convidei uma pessoa para ser sócia. Abrimos a empresa com R$ 8 mil, sendo R$ 4 mil de aluguel e R$ 4 mil em mercadorias”, afirma.

Por seis meses, trabalharam na informalidade. O negócio prosperou e decidiram abrir a empresa conjuntamente. Outros seis meses se passaram e o sócio decidiu sair. “Ele casou e achou que precisava ter uma empresa só dele”. Araújo criou então sua própria marca, a Pops Moda. Cinco meses depois abriu uma segunda loja, em Osasco.

Hoje são cinco pequenas lojas, com duas funcionárias cada uma. Ele vende uma média de 3 mil calças por mês, com preços a partir de R$ 30. “Apesar da rede, sou eu que faço tudo: negocio com fornecedores, faço fechamento do mês e até o pós-venda”, conta. O sonho do jovem empresário é que sua rede vire um grande magazine.

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, atualmente a chamada Classe C representa a maior fatia da renda nacional. São 91 milhões de consumidores ávidos por comprar. Araújo percebeu este crescimento e procurou abrir suas lojas onde estão essas clientes.

“É um público que está crescendo e consumindo. Por isso, estou sempre procurando novas oportunidades de ponto nessas regiões”. O melhor marketing, segundo ele, está no boca a boca dos clientes, grande parte composta de mulheres. “Se elas gostam, compram e parcelam”.

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