São Paulo - O grupo europeu de marketing de performance LeadMedia fechou ontem a compra de 100% das ações da Media Factory, que pertencia ao fundo de venture capital Ideiasnet. Depois de oito meses de negociação, o valor da transação foi de 8,9 milhões de reais. A empresa foi fundada pelos brasileiros Leandro Kenski e Luiz Augusto Barros.

Em entrevista a EXAME.com, Kenski afirma que a equipe está animada já que a transação vai possibilitar um crescimento ainda mais rápido. “A gente entendeu que para crescer mais rápido precisava de um parceiro estratégico”, conta.

Segundo ele, a relação vai funcionar também como um intercâmbio de tecnologia e conhecimento. “O Brasil tem um konw-how nessa área que a gente vai poder levar para a Europa e eles, tecnologias que podemos usar aqui”, diz. Nos próximos dias, ele deve embarcar para Paris e conhecer a sede da empresa. “Vamos conhecer as tecnologias e analisar o que já podemos aplicar aqui”, explica.

A Media Factory, empresa de marketing de performance digital, utiliza mecanismos da ciência de marketing digital para garantir um melhor resultado para clientes como WalMart, GE Money e Vivo. A gestão da agência que trabalha com publicidade em blogs, sites e redes sociais continua nas mãos dos fundadores brasileiros.

A compra confirma a saída da Ideiasnet S.A., que se desliga do capital da companhia. Em nota, empresa de venture capital disse que foi o momento de ter o retorno do capital investido em 2008. A marca Media Factory será mantida.

Neste ano, a Media Factory, que foi fundada em 2008, deve faturar 12 milhões de reais neste ano, em um crescimento de 200% em relação a 2009. Com a entrada da empresa europeia, a previsão é faturar US$ 25 milhões em 2011 e ter mais de 100 funcionários em Paris, São Paulo e Los Angeles. Em nota, o CEO e fundador da LeadMedia, Stéphane Darracq, afirmou que essa é uma forma de adquirir forças para crescer na América Latina.

Os planos incluem aumentar a representatividade no México, Chile e Argentina e aumentar oferta para o mercado global. “Uma oferta mais global deixa os clientes mais confortáveis, já que não precisam tratar com vários players no Brasil, no México e na Europa”, afirma Kenski.