Aloizio Mercadante assinalou que metade dos recursos para inovação no Brasil vem do setor privado. A média mundial, de acordo com ele, é de dois terços do total (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2011 às 12h58.
Brasília - Criar incentivos para aumentar o investimento do setor privado em inovação é o objetivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) neste momento, segundo o responsável pela pasta, Aloizio Mercadante. O ministro falou a uma plateia de cerca de mil pessoas na manhã desta quarta-feira (16), durante o 1º Fórum Sebrae de Conhecimento, no centro de eventos Brasil 21, em Brasília.
Em sua exposição, Aloizio Mercadante assinalou que metade dos recursos para inovação no Brasil vem do setor privado. A média mundial, de acordo com ele, é de dois terços do total. O ministro contou que tem havido conversas com bancos públicos e privados para que essas instituições ofereçam linhas de financiamento específicas à inovação.
O ministro informou que também ocorrem negociações com a Receita Federal para que o órgão dê incentivos a empresas optantes do regime de lucro presumido que inovarem. Hoje, só as que optam por lucro real recebem esses incentivos. “Queremos transformar inovação em eixo estruturante do desenvolvimento do País. Precisamos criar uma cultura para estimular o setor privado, principalmente as micro e pequenas empresas, a pensarem no tema”, ressaltou.
Nos próximos três anos, o Sebrae investirá cerca de R$ 800 milhões em projetos e programas de inovação. “A empresa que quiser ser sustentável tem que incorporar em sua agenda a inovação”, frisou o presidente da instituição, Luiz Barretto, na abertura do Fórum Sebrae de Conhecimento.
Cultura
O baixo investimento do setor privado em inovação, na opinião do ministro Mercadante, se deve a questões históricas. “Tivemos duas décadas de inflação elevada e de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Criamos uma cultura passiva diante do assunto”, observou. “Precisamos estimular a inovação empresarial”, disse.
Os setores trabalhados com prioridade pelo ministério, de acordo com Mercadante, são os de tecnologia da informação, saúde e energia limpa. O Fórum Sebrae de Conhecimento segue até a próxima sexta-feira (19).