São Paulo – Com 22 duas unidades, a maioria no exterior, a rede de churrascarias Fogo de Chão se prepara para expandir os negócios em território nacional.

A marca quer abrir de duas a três lojas por ano no Brasil. O Rio de Janeiro deve receber uma em breve. “Nossa primeira loja carioca está em obras. Vai ser aberta em Botafogo, perto do meio do ano”, conta Arri Coser, um dos sócios da rede.

As dezesseis lojas nos Estados Unidos são responsáveis por boa parte da receita, que foi de 150 milhões de dólares no ano passado. “Crescemos 11% com as lojas americanas. O que é muito bom para uma economia que não cresceu como um todo”, explica. Atualmente, 40% do capital da empresa está sob o controle do grupo de investimentos GP.

Nos Estados Unidos, uma nova loja não sai do papel por menos de 5 milhões de dólares. No Brasil, o custo fica em torno de 3 milhões de dólares.

A estratégia da empresa para manter o padrão da operação é colocar brasileiros no comando das lojas, mesmo as americanas. Já nos cargos mais baixos, Arri diz empregar uma verdadeira “ONU”, com funcionários de 23 países.

Os planos da rede não incluem novas lojas americanas, por enquanto. “Estamos fazendo um trabalho de consolidação. Apesar da crise, os números mostram que estamos no caminho certo”, explica. A empresa estima que cada cliente gaste, em média, 100 dólares por visita à churrascaria.

Gaúcho, Arri começou sua carreira como garçom em uma churrascaria de beira de estrada e sonhava em ser dono do próprio negócio. A primeira unidade da rede, já extinta, foi aberta em parceria com o irmão Jair em Porto Alegre, em 1980. Os irmãos migraram para São Paulo, onde consolidaram o negócio. Aos 48 anos, Arri reforça que de lá para cá nada mudou. “Continuo o mesmo”, garante.