Fatia do Softbank na WeWork já seria maior que a de seu cofundador
A WeWork realizou uma reunião privada na quarta-feira para informar analistas sobre os negócios em Nova York
Mariana Fonseca
Publicado em 9 de setembro de 2019 às 16h15.
Última atualização em 9 de setembro de 2019 às 16h21.
O SoftBank e suas afiliadas já possuem uma participação de cerca de 29% da WeWork antes da oferta pública inicial, segundo relato de um executivo da empresa de coworking durante reunião com analistas esta semana.
A participação significativa, que não foi divulgada publicamente, indica que a sorte do conglomerado japonês está em grande parte atrelada ao desempenho da WeWork.
A WeWork realizou uma reunião privada na quarta-feira para informar analistas sobre os negócios em Nova York, onde está a sede da empresa.
De acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto, um executivo da WeWork também disse na reunião que Adam Neumann, cofundador e presidente, também deve ficar com uma fatia de cerca de 29%. A participação atual do executivo é cerca de 22%, e aumentará para 29% depois de um período pré-determinado, disse o executivo da WeWork.
A oferta pública inicial da WeWork foi vista com receio por investidores, preocupados com os gastos e a governança corporativa da empresa. Embora o prospecto do IPO inclua algumas informações sobre o tamanho das participações de vários acionistas, o documento não especifica porcentagens. Os documentos diziam, no entanto, que Neumann não venderia ações por pelo menos um ano após o IPO.
Representantes do SoftBank e WeWork não quiseram comentar.
O IPO não será exatamente o que a WeWork esperava. A startup espera conseguir um valuation de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões, disseram pessoas com conhecimento do assunto. Mas a faixa superior pode ficar perto de US$ 20 bilhões, disse uma das pessoas, o que seria menos da metade do valuation conseguido com o Softbank alguns meses atrás.
Na reunião de quarta-feira, a WeWork disse a analistas que planejava iniciar seu roadshow do IPO na próxima semana, confirmando uma reportagem da Bloomberg News. "Dedos cruzados", disse um executivo.