F*Hits faz sucesso reunindo blogs de moda
Como a empreendedora Alice Ferraz criou uma empresa que cresce ao montar uma rede de blogueiras de moda e vender roupas pela internet
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 06h58.
São Paulo - Em 2010, a empreendedora Alice Ferraz, de 40 anos, percebeu o surgimento de uma tendência no mundo fashion. Blogs escritos por consumidoras comuns com dicas sobre como se vestir bem e combinar peças e acessórios ganhavam audiência na internet. Neles, as pessoas buscavam informações sobre moda para o dia a dia, em vez de seguir os tradicionais editoriais de moda que normalmente mostram roupas exóticas usadas por modelos magérrimas.
"Achei os blogs encantadores por ser escritos por gente de verdade, falando a respeito de roupas para usar na vida real, fora das passarelas ", diz Alice. "É algo muito mais próximo do cotidiano das consumidoras que querem apenas se vestir para atividades corriqueiras, como ir ao trabalho ou sair para se divertir."
Alice, dona de uma agência de comunicação e de publicidade com foco no mundo da moda, viu no fenômeno uma oportunidade de negócios. Ela teve a ideia de unir a força dos blogs com a venda de roupas e acessórios pela internet. Foi assim que, no início de 2011, Alice fundou, em São Paulo, o F*Hits, plataforma de blogs de moda. No fim do ano, a empresa reunia as páginas de 25 blogueiras, visitadas por cerca de 5 milhões de internautas por mês.
A audiência abriu para o F*Hits a possibilidade de ganhar dinheiro com publicidade, que garantiu à empresa 1 milhão de reais de faturamento no seu primeiro ano de atividade. Antes, para anunciar num blog, as agências de publicidade precisavam entrar em acordo diretamente com cada blogueira.
Hoje, o F*Hits faz a intermediação dos negócios, além de criar campanhas e peças de publicidade online alternativas para as agências. "Profissionalizamos esse pedaço do mercado", afirma Alice. "Nos blogs, as empresas conseguem se aproximar das leitoras. E as blogueiras podem até viver disso se quiserem", diz Alice. Pelo acordo com o F*Hits, as autoras dos blogs ficam com metade das receitas de publicidade.
A segunda fonte de receitas do F*Hits é um site de comércio eletrônico, o F*Hits Shops. Nele, as blogueiras publicam uma espécie de "look do dia", combinando roupas, cintos, sapatos e bolsas que podem ser comprados pelas internautas. Por enquanto, o site vende roupas e acessórios apenas para um grupo de consumidoras selecionadas entre as mais de 30.000 que se cadastraram no site no mês de lançamento. "Em breve, vamos abrir para um público maior", diz Alice.
A operação do F*Hits Shops depende de uma negociação costurada entre a empresa, as blogueiras e as grifes de moda. Alice é responsável por definir quais blogueiras vão publicar os looks do dia e pelo contato com as empresas.
Depois que as autoras dos blogs compõem suas combinações de roupas e acessórios, Alice negocia com as empresas - todas nacionais -, compra estoques e ajuda a definir o que vai ser selecionado para ser exposto na vitrine online do F*Hits Shops. "Não vamos vender com desconto nem fazer promoção de fim de estação", diz Alice. "A ideia é antecipar tendências e vender coisas bacanas antes de todos."
Para atrair a clientela, as blogueiras oferecem um atendimento quase pessoal, respondendo aos comentários deixados nos sites pelas consumidoras. Além disso, o F*Hits tem um serviço de atendimento online pelo qual as compradoras podem fazer perguntas sobre como usar uma peça ou qual o visual adequado para um determinado evento. "Fazemos uma prestação de serviço, já que as clientes podem interagir conosco", diz Alice.
Alice acredita que a empresa pode ter outras fontes de receita. Ela avalia a possibilidade de formar uma rede de estilistas a quem as consumidoras possam recorrer em busca de consultoria de moda pela internet.
No ano passado, o modelo de negócios do F*Hits atraiu o grupo de comunicação RBS, do Rio Grande do Sul, que investiu na empresa. "Achamos o projeto bastante inovador", diz Fábio Bruggioni, executivo responsável pelo braço de investimentos em mídias digitais do grupo RBS. "Além disso, conseguimos ver sinergias entre o F*Hits e outras empresas nas quais investimos e que também trabalham na área de publicidade online e de pesquisa de comportamento do consumidor."
São Paulo - Em 2010, a empreendedora Alice Ferraz, de 40 anos, percebeu o surgimento de uma tendência no mundo fashion. Blogs escritos por consumidoras comuns com dicas sobre como se vestir bem e combinar peças e acessórios ganhavam audiência na internet. Neles, as pessoas buscavam informações sobre moda para o dia a dia, em vez de seguir os tradicionais editoriais de moda que normalmente mostram roupas exóticas usadas por modelos magérrimas.
"Achei os blogs encantadores por ser escritos por gente de verdade, falando a respeito de roupas para usar na vida real, fora das passarelas ", diz Alice. "É algo muito mais próximo do cotidiano das consumidoras que querem apenas se vestir para atividades corriqueiras, como ir ao trabalho ou sair para se divertir."
Alice, dona de uma agência de comunicação e de publicidade com foco no mundo da moda, viu no fenômeno uma oportunidade de negócios. Ela teve a ideia de unir a força dos blogs com a venda de roupas e acessórios pela internet. Foi assim que, no início de 2011, Alice fundou, em São Paulo, o F*Hits, plataforma de blogs de moda. No fim do ano, a empresa reunia as páginas de 25 blogueiras, visitadas por cerca de 5 milhões de internautas por mês.
A audiência abriu para o F*Hits a possibilidade de ganhar dinheiro com publicidade, que garantiu à empresa 1 milhão de reais de faturamento no seu primeiro ano de atividade. Antes, para anunciar num blog, as agências de publicidade precisavam entrar em acordo diretamente com cada blogueira.
Hoje, o F*Hits faz a intermediação dos negócios, além de criar campanhas e peças de publicidade online alternativas para as agências. "Profissionalizamos esse pedaço do mercado", afirma Alice. "Nos blogs, as empresas conseguem se aproximar das leitoras. E as blogueiras podem até viver disso se quiserem", diz Alice. Pelo acordo com o F*Hits, as autoras dos blogs ficam com metade das receitas de publicidade.
A segunda fonte de receitas do F*Hits é um site de comércio eletrônico, o F*Hits Shops. Nele, as blogueiras publicam uma espécie de "look do dia", combinando roupas, cintos, sapatos e bolsas que podem ser comprados pelas internautas. Por enquanto, o site vende roupas e acessórios apenas para um grupo de consumidoras selecionadas entre as mais de 30.000 que se cadastraram no site no mês de lançamento. "Em breve, vamos abrir para um público maior", diz Alice.
A operação do F*Hits Shops depende de uma negociação costurada entre a empresa, as blogueiras e as grifes de moda. Alice é responsável por definir quais blogueiras vão publicar os looks do dia e pelo contato com as empresas.
Depois que as autoras dos blogs compõem suas combinações de roupas e acessórios, Alice negocia com as empresas - todas nacionais -, compra estoques e ajuda a definir o que vai ser selecionado para ser exposto na vitrine online do F*Hits Shops. "Não vamos vender com desconto nem fazer promoção de fim de estação", diz Alice. "A ideia é antecipar tendências e vender coisas bacanas antes de todos."
Para atrair a clientela, as blogueiras oferecem um atendimento quase pessoal, respondendo aos comentários deixados nos sites pelas consumidoras. Além disso, o F*Hits tem um serviço de atendimento online pelo qual as compradoras podem fazer perguntas sobre como usar uma peça ou qual o visual adequado para um determinado evento. "Fazemos uma prestação de serviço, já que as clientes podem interagir conosco", diz Alice.
Alice acredita que a empresa pode ter outras fontes de receita. Ela avalia a possibilidade de formar uma rede de estilistas a quem as consumidoras possam recorrer em busca de consultoria de moda pela internet.
No ano passado, o modelo de negócios do F*Hits atraiu o grupo de comunicação RBS, do Rio Grande do Sul, que investiu na empresa. "Achamos o projeto bastante inovador", diz Fábio Bruggioni, executivo responsável pelo braço de investimentos em mídias digitais do grupo RBS. "Além disso, conseguimos ver sinergias entre o F*Hits e outras empresas nas quais investimos e que também trabalham na área de publicidade online e de pesquisa de comportamento do consumidor."