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Este empreendedor não tem empregados e trabalha onde quiser

Éder Baum tem o negócio dos sonhos de muita gente. Na empresa dele não há funcionários nem sócios, muito menos um escritório caro para bancar.

Éder Baum, fundador da Sabesim, pode trabalhar de qualquer lugar do mundo (Divulgação)

Éder Baum, fundador da Sabesim, pode trabalhar de qualquer lugar do mundo (Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 08h04.

São Paulo – Pode-se dizer que Éder Baum tem o negócio dos sonhos de muita gente. Na empresa dele não há funcionários nem sócios, muito menos um escritório caro para bancar. Ele é dono da Sabesim, uma plataforma de intranet para empresas, que funciona de forma automática e permite que o empreendedor trabalhe de qualquer lugar do mundo.

“Tenho parentes vivendo em diversas regiões do país e uma parte da família no exterior. No ano passado fiquei um mês na Alemanha e administrei o negócio de lá. Coincidentemente, foi um mês com ótimo crescimento”, conta Baum.

Quando não está viajando, Baum trabalha de casa ou, quando sente falta de conviver com outras pessoas, recorre a um espaço de coworking. “Hoje estou num coworking em São Paulo para não ficar isolado. Teve uma época em que trabalhava apenas de casa, até que percebi que as únicas pessoas com quem interagia pessoalmente eram o porteiro e a atendente do restaurante”, diz.

O negócio de Baum surgiu quando ele trabalhava na rede de farmácias de seu irmão, na Bahia, onde atuou dos 14 aos 31 anos. Na época, a dificuldade de comunicação com os funcionários era um problema.

“Imagine que você precisa repassar uma nova regra de pagamento para os 30 caixas da sua rede de farmácias. Você pode ligar para cada um, mas isso consome muito tempo. A plataforma nasceu para resolver esse tipo de problema”, conta.

Mas, e se o funcionário não acompanha os avisos da intranet? O sistema de Baum tem uma resposta para isso também. Ele avisa ao gestor sobre quem entrou ali e quem leu determinado comunicado.

“Uma das coisas que eu mais odiava era quando a pessoa falava que ‘não sabia’ de uma regra ou orientação. O sistema busca acabar com essa desculpa”, explica. Não é à toa que Baum decidiu batizar seu sistema de Sabesim.

Após alguns anos operando apenas na rede onde Baum trabalhava, a ferramenta começou a ganhar clientes e se oficializou como empresa em 2011. Em 2014, a Sabesim passou pelo programa de incubação da Wayra, aceleradora de startups da Telefônica.

Hoje, a empresa tem 70 clientes, dentre empresas de pequeno, médio e grande porte. Há desde negócios com apenas duas pessoas, até companhias de 2 mil funcionários, afirma o empreendedor.

O faturamento ele não revela, mas conta que a empresa cresceu 25% no primeiro semestre de 2016, em relação ao mesmo período de 2015.

Só em marketing, a Sabesim investe cerca de 70 mil reais ao ano. Com um sistema totalmente automático, o trabalho de Baum é basicamente desenvolver melhorias para a ferramenta e responder a dúvidas de clientes.

Apesar de gostar da liberdade de trabalhar sozinho, Baum está desenvolvendo um novo projeto com dois sóciosque ele conheceu durante seu período na Wayra. A ideia ainda não tem data para sair do papel, mas vai envolver a base da Sabesim num projeto voltado para o mercado financeiro.

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