Escola espanhola de programação chega ao Brasil, de olho em 99 e Nubank
A Ironhack recebeu um investimento de 3 milhões de dólares do fundo JME Venture Capital para investir em expansões na América Latina e Europa
Reuters
Publicado em 28 de junho de 2018 às 17h58.
Última atualização em 28 de junho de 2018 às 18h04.
São Paulo - A escola espanhola de programação Ironhack vai ampliar suas operações para a América do Sul a partir de outubro, quando abre sua primeira unidade no Brasil, buscando participação em um mercado carente de profissionais familiarizados com tecnologia da informação.
A Ironhack, fundada em 2013, recebeu um investimento de 3 milhões de dólares do fundo JME Venture Capital para investir em expansões na América Latina e Europa. A primeira unidade no Brasil será aberta na cidade de São Paulo.
"Empresas como 99 e Nubank estão crescendo muito rápido e precisam de talentos para poderem se desenvolver", disse o gerente de expansão da Ironhack no Brasil, Mario Posadas.
A empresa citou levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC que aponta um déficit de 161 mil profissionais no Brasil capacitados para atender o mercado digital até 2019.
Em abril, a Digital House, escola de programação britânica, também iniciou suas operações no Brasil de olho neste déficit de profissionais no país.
Além disso, grandes empresas de tecnologia como Facebook também têm investido em centros de treinamento em programação e para formação de empreendedores no país.
A rede social lançou em agosto passado em São Paulo sua "Estação Hack", um centro que vai servir de ponte entre a demanda por profissionais do setor de tecnologia e jovens de baixa renda que precisam de formação. O Google abriu em junho de 2016 o Campus São Paulo, ofertando mentoria para startups, treinamento para jovens empreendedores e eventos gratuitos para a comunidade.
Entre os cursos oferecidos pela Ironhack estão treinamentos para programadores e web designers.
"São Paulo é uma cidade que representa o ecossistema de inovação e tecnologia na América Latina", disse Posada sobre a escolha da capital paulista para iniciar as operações na América do Sul.
A escola, que tem outras sete unidades espalhadas por Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França e México, planeja entrar em outros países latino-americanos e expandir sua presença no México e Brasil em 2019.
Posadas citou cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Campinas como alvo de interesse da empresa, destacando que futuras expansões serão avaliadas a partir dos resultados obtidos em São Paulo.