PME

Entenda como este homem revolucionou o varejo no Brasil

A sacada de José Renato Hopf, fundador da GetNet, revolucionou o varejo no Brasil. Confira sua história e as lições do meio do caminho.


	José Renato Hopf: ele colocou todos os seus recursos para fazer frente a duas gigantes de pagamentos eletrônicos
 (Reprodução/YouTube/Endeavor)

José Renato Hopf: ele colocou todos os seus recursos para fazer frente a duas gigantes de pagamentos eletrônicos (Reprodução/YouTube/Endeavor)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 11h00.

São Paulo - O gaúcho José Renato Hopf iniciou sua trajetória como programador. No Banco Banrisul, ele tinha uma carreira estável – ganhou algumas promoções e chegou até a gerente. Em 2003, ele teve a ideia de empreender: colocou todos os seus recursos para fazer frente a duas gigantes do setor de pagamentos eletrônicos, e praticamente as únicas que prestavam esse serviço: Visanet (atual Cielo) e Redecard.

Acontece que a situação não era ideal para os clientes dessas duas redes, e foi aí que José Renato identificou sua oportunidades. Visanet e Redecard tinham exclusividade sobre o Visa e a Mastercard, respectivamente, o que obrigava estabelecimentos a operarem com pelo menos duas maquininhas.

A GetNet, como foi batizada, aceitaria quase todas as bandeiras de cartão de crédito, inclusive regionais. José Renato se viu, pela primeira vez, no comando de uma grande empresa.

Tem milhares de pessoas tendo as mesmas ideias e acesso às mesmas informações que você. Para sua ideia se realizar, é preciso planejamento e disciplina de execução José Renato Hopf, fundador da GetNet

Correndo atrás de investidores, batendo na porta do comércio e se antecipando às mudanças dos concorrentes, ele fez a GetNet crescer muito. Bastante mesmo, num ritmo inacreditável. No início, tinha apenas 9 pessoas ao seu lado. Em 10 anos, já empregava mais de 4 mil e a GetNet se tornou uma das maiores empresas de pagamentos da América Latina. Em 2014, foi vendida ao Santander por R$1,1 bi.

O que José Renato compartilha no palco no CEO Summit Sul é o sacrifício por trás dessa história, que muitos não conhecem. Na conversa com Paulo Viana, da EY, José Renato conta o que acredita serem os três pilares que fazem um negócio de sucesso:

1. Ter uma ideia factível: Não gosto muito de usar a palavra sonho, porque às vezes as pessoas se baseiam em algo que não tem substância e acham que é suficiente. Para ser empreendedor, você não pode só sonhar, tem que ter um sonho factível.

2. Ter uma equipe de empreendedores: É um grande erro ter uma empresa de um homem só. Não tem nada de grande e relevante no mundo que a gente consiga realizar sozinho

3. Ter investidores estratégicos: Seus investidores precisam acreditar na ideia factível e no time de empreendedores.

O que liga os pilares, segundo ele, é a confiança. Quando todos confiam uns nos outros, cria-se um elo que permite enfrentar momentos difíceis. Mas algo que compete fundamentalmente ao empreendedor, ele diz, é a disciplina – como neto de militar e filho de alemão, algo que nunca faltou a José Renato:

As pessoas acham que o nível de esforço para alcança o sonho não é tão alto. Querem ser o próximo Facebook, o próximo WhatsApp… Mas quantos Facebooks e WhatsApps existem?

Assista ao vídeo da conversa completa abaixo e se inscreva no canal da Endeavor no YouTube:

yt thumbnail

Texto originalmente publicado em Endeavor.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpreendedoresEmpreendedorismoIdeias de negócioInovaçãoPequenas empresasVarejo

Mais de PME

ROI: o que é o indicador que mede o retorno sobre investimento nas empresas?

Qual é o significado de preço e como adicionar valor em cima de um produto?

O que é CNAE e como identificar o mais adequado para a sua empresa?

Design thinking: o que é a metodologia que coloca o usuário em primeiro lugar