70% das empresas ibero-americanas tiveram alguma inovação no último ano (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 13h55.
São Paulo - Vinte países, entre eles o Brasil, colaboraram no estudo feito pela a Fundação para a Análise Estratégica e Desenvolvimento da Pequena e Média Empresa (FAEDPYME) que levantou dados sobre negócios em países ibero-americanos, investimentos e impactos na sociedade.
De acordo com a pesquisa, as pequenas e médias empresas com melhor condição de competitividade estão mais preparadas para passarem por crises econômicas. Esses negócios têm gestores mais jovens, uma equipe mais bem preparada, não são familiares, fazem planejamentos estratégicos e contam com infraestrutura tecnológica mais sólida.
Essas empresas também mostraram mais possibilidade de conseguirem acordos com outras companhias, em especial as áreas de logística e pesquisa e desenvolvimento. São esses os negócios que têm uma estrutura mais organizada, com áreas diferenciadas, política de recursos humanos, forte posição tecnológica, promovem a inovação e fazem uso de técnicas de TI e comunicação. Os empresários que se encaixam nesse perfil também dão uma atenção especial às contas da empresa.
As empresas consultadas têm idade média de 16 anos e 73,6% têm gestão familiar. Os empreendedores à frente desses negócios têm, em média, 47 anos, formação universitária. Entre os entrevistados, 70% garantem que tiveram alguma inovação no último ano e só 26,5% exportaram em 2009.
Entre os pontos fracos, está a necessidade de apostar em processos de qualidade como ISO 9000 e em desenvolvimento da tecnologia. Embora os países latino-americanos tenham uma percentagem elevada de inovação e estejam mais preparados para sair da crise, são que estão preparados para resolver a crise através de algum tipo de mudança ou melhoria, apenas 37% afirmam ter acesso à tecnologia e ser sustentável. Endividamento e problemas financeiros foram apontados como impasses para o crescimento.
Foram ouvidos 1.970 gerentes de micro, pequenas e médias empresa de vinte países, como Brasil, Argentina, Colômbia, México, Costa Rica, Panamá, Peru e Espanha. A coordenação da pesquisa foi da FAEDPYME, mantida pelas Universidades de Cantabria, Murcia e Politécnica de Cartagena, todas na Espanha.