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Empresas incubadas da Coppe-UFRJ faturaram R$ 46 mi em 2009

Desde sua inauguração, a incubadora da Coppe-UFRJ tem como saldo a criação de 90 produtos e serviços

A instituição de pesquisa apoia negócios criativos e sustentáveis (André Valentim/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 09h13.

Rio de Janeiro - O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) é uma das instituições científicas brasileiras que dispõem de uma incubadora de empresas para apoiar o nascimento de negócios sustentáveis e criativos.

A Coppe surgiu em 1994. Desde aquele ano, já foram criados em sua incubadora 90 serviços e produtos inovadores, com 15 pedidos de patentes. As 19 empresas residentes e as mais de 40 graduadas geraram 356 empregos diretos e obtiveram faturamento de R$ 46 milhões em 2009.

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As áreas de Petróleo e Gás, Energia, Meio Ambiente e Tecnologia da Informação são os focos principais da incubadora da Coppe, contando com pesquisadores próprios, laboratórios e proximidade com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).

A Eneltec – Energia Elétrica e Tecnologia é um exemplo do valor do trabalho desenvolvido pela incubadora. Nos quatro anos e meio em que esteve na Coppe, a empresa passou de um faturamento de R$ 150 mil para R$ 1,6 milhão em 2009, o que representa um crescimento de mais de 550%. Graduada há dois anos, a empresa tem como sócios Rodrigo Martins, Gílson Santos Junior e Fábio Domingues de Jesus. Eles afirmam que hoje têm um negócio consolidado e promissor e que estão à frente de uma equipe de 14 funcionários, sendo oito engenheiros.

“Com a troca de ideias e experiências com especialistas, aprendemos a antecipar problemas e a visualizar soluções. O apoio de instituições como o Sebrae também foi fundamental para dominar questões como formação do preço de venda. A incubadora é uma etapa fundamental para que uma boa ideia se transforme num negócio viável”, avalia Rodrigo Martins.

Chancela de qualidade
Para a empresa recém-chegada à Coppe AquaFluxus, especializada em drenagem e modelagem de sistemas hídricos, a incubadora representa uma chancela de qualidade do trabalho desenvolvido e o apoio acelera o crescimento dos negócios. "A incubadora representa um ponto inicial extremamente favorável. Sem este tipo de suporte o processo seria muito mais árduo”, reconhece o engenheiro e um dos sócios da empresa, Gustavo Spiegelberg.

Para a gerente de Operações da Coppe, Lucimar Dantas, a incubadora preenche uma lacuna entre o pesquisador e o empresário. "A maioria dos responsáveis por empresas incubadas é formada por doutores, mestres e graduados, que podem dominar 100% a tecnologia que propõem, mas muitas vezes desconhecem o mundo dos negócios", observa. “O sucesso de uma empresa depende de um conjunto de quesitos que vão além de um bom produto. O que oferecemos é assessoria, treinamento, acompanhamento, capacitação e consultoria para ajudar o pesquisador a se tranformar num homem de negócio”, afirma Lucimar.

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