Empresas criam plataforma para ajudar pequenas escolas a fazer aula online
A startup Explicaê e a empresa de tecnologia D2L se uniram para criar uma solução pensada para ajudar os colégios no ensino híbrido em 2021
Carolina Ingizza
Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 12h30.
Última atualização em 18 de dezembro de 2020 às 12h36.
O ano de 2020 foi desafiador para a educação . Da noite para o dia, os quase 56 milhões de alunos da educação básica e superior brasileira foram impedidos de continuar com as aulas presencias. Do total 35% tiveram as aulas suspensas, enquanto 58% passaram a ter aulas remotas. Para as instituições de ensino, o ensino online passou a ser a única saída— mas transpor o conteúdo para a internet foi muito desafiador.
Percebendo a dificuldade dos colégios em se adaptar à educação remota, a startup Explicaê , de Sergipe, que possui uma plataforma digital que ajuda os alunos a se preparar para vestibulares como o Enem, se uniu à canadense D2L, especializada em tecnologia para educação, e lançou uma plataforma de ensino remoto para pequenas e médias escolas.
Chamada de Exp for School, a plataforma soma o conteúdo digital do Explicaê com as ferramentas de ensino online da D2L. O projeto também marca a entrada da startup no universo de ensino fundamental II, atendendo a alunos a partir do sexto ano. No total, a companhia investiu 1 milhão de reais na reformulação do seu conteúdo.
“Estamos reformulando aulas, atualizando conteúdo e revistando todas as apostilas. Também criamos ferramentas para que as escolas e professores possam incluir conteúdos próprios dentro da plataforma”, diz Bruno Oliveira, cofundador e presidente do Explicaê.
A startup é especializada em criar materiais escolares em vários formatos diferentes para tentar captar a atenção dos estudantes. Os vídeos sobre cada tema duram, em média, 12 minutos e utilizam uma linguagem simplificada e bem-humorada. Há também conteúdos textuais, divididos em mais de 3.000 apostilas próprias, e exercícios para cada um dos assuntos trabalhados.
A diferença é que com a infraestrutura da D2L, os outros agentes da educação (pais, professores e coordenadores) vão poder acompanhar a evolução dos estudantes nas matérias. “Os professores conseguem ter uma visão da turma, acompanhar as notas e o desenvolvimento do aprendizado, humanizando a relação com o aluno. Os pais também recebem alertas assim que os alunos terminam os módulos”, afirma Eline Cavalcanti, diretora de soluções educacionais da D2L.
Para acessar a ferramenta e os conteúdos, as escolas terão que pagar uma mensalidade de 30 reais por aluno. Já no lançamento do produto, o estado do Amazonas contratou o serviço para todos os seus 200.000 estudantes a partir de janeiro.