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Empresa quer faturar R$ 3 milhões com carne de cordeiro

A explicação para o entusiasmo, segundo Priscila, vem de uma combinação de fatores, que vai da qualidade do produto ao relacionamento mantido com os clientes


	O planejamento do negócio prevê expandir as vendas, até o fim do ano, para outras localidades do país
 (Johannes Simon/Getty Images)

O planejamento do negócio prevê expandir as vendas, até o fim do ano, para outras localidades do país (Johannes Simon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2015 às 10h08.

São Paulo - As notícias desfavoráveis da economia parecem não afetar o otimismo da empresária Priscila Quirós.

Dona de uma empresa especializada em carnes de cordeiro, ela prevê um crescimento de 30% e um faturamento de R$ 3 milhões neste ano. Hoje, a Quirós atua apenas em São Paulo, mas a ideia é ampliar as vendas para outros Estados.

A explicação para o entusiasmo, segundo Priscila, vem de uma combinação de fatores, que vai da qualidade do produto ao relacionamento mantido por ela com os clientes. "Todo o aspecto de genética, e de como o animal foi criado, é 100% influenciável no resultado final da carne", explica.

O período de desenvolvimento do negócio durou cerca de dois anos e meio e exigiu investimento inicial de R$ 6 milhões. "Foi muito difícil no começo, uma mulher no agronegócio, com 22 anos. Cresci muito nesse processo", diz Priscila.

A empresária comercializa os produtos para restaurantes, empórios e hotéis, além de manter o e-commerce com venda de kits a partir de R$ 125. "Não precisa fazer uma refeição elaborada para comer o cordeiro. É possível fazer a carne com poucos ingredientes", argumenta.

Há um ano, Priscila começou a se questionar como organizaria o crescimento da empresa e convidou o irmão Augusto para cuidar da parte comercial e operacional do negócio. O planejamento do negócio prevê expandir as vendas, até o fim do ano, para outras localidades do país.

A empresária também não descarta abrir uma loja própria. "Tenho vontade, mas não sei quando ela poderia sair do papel", diz. O que deve começar a funcionar em breve é a abertura da fazenda em Morungaba para visitação de pequenos grupos.

A ideia é que as pessoas conheçam a criação e vivenciem o que ela chama de experiência gastronômica. "Os visitantes deverão usar roupas com a mesma cor do uniforme dos funcionários para evitar o estresse dos animais. Não é pra ganhar dinheiro, é mais institucional", explica a empreendedora.

Diversificação

A empresária também tem planos de ampliar a linha de produtos feitos com a carne de cordeiro. Por enquanto, a Quirós vende um azeite especial produzido pela família na Espanha. O plano é aumentar essa linha específica e seguir com os estudos para o lançamento de vinhos.

Para o especialista em serviço de alimentação e fundador da Food Consulting, Sergio Molinari, a carne de cordeiro é, por definição, destinada a um público com maior poder de compra. "Todo mundo comenta a evolução da classe C, mas se olhar a classe que mais cresceu nos últimos anos foi a A/B, em porcentual", explica o especialista.

Mas se de um lado existe a condição favorável ao desenvolvimento da empresa por conta do poder aquisitivo do seu público-alvo, por outro há o desconhecimento dos atributos do produto.

"Um crescimento expressivo de cordeiro sem dúvida tem condições de acontecer se houver, em paralelo, um processo de ‘aculturamento’ do consumidor. O fator educação é chave para prosperar nesse segmento", afirma Molinari. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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