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Empresa de chuveiro ecológico conquista mercado nacional

O produto, que usa gás para o aquecimento, gera economia de 1.000% em energia em relação ao similar elétrico

Chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2 é quase nula (Stock.XCHNG)

Chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2 é quase nula (Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 16h32.

Brasília – Um chuveiro ecológico criado pelo mecânico Mauro Serra promete impacto menor nas fontes de água e energia e no bolso do consumidor. O produto, que usa gás para o aquecimento, gera economia de 1.000% em energia em relação ao similar elétrico. De pequeno porte, o chuveiro pode ser instalado em qualquer local, como residências, acampamentos, campings, trailers, embarcações, pesqueiros e até pendurado em uma árvore. O equipamento funciona por gravidade e pode ser alimentado, por exemplo, por uma garrafa PET.

Há dois anos, a novidade rendeu ao inventor e à mulher, a engenheira mecânica Jorgea Corrêa, o Prêmio Brasil de Meio Ambiente, concedido Jornal do Brasil, com Apoio da Petrobrás e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), na categoria Pequena e Micro Empresa.

Em 2008, o casal decidiu abrir a empresa ATA – ÁguaTerraAr, em Paraty (RJ), para vender o produto. A produção começou com quatro chuveiros e faturamento mensal médio de R$ 1,2 mil. Hoje, a empresa produz 40 peças por mês, vendidas por R$ 345,00 cada uma. O faturamento mensal pulou para R$ 10,3 mil.

Feito de cobre, alumínio, aço inox e ferro fundido, o chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2 é quase nula. A regulagem da temperatura é feita pelo usuário, que pode variar do morno ao muito quente. O acendimento é manual, com fósforo, ou automático.

Benefícios

A economia de 1.000% no gasto com energia é possível porque o custo de manter o chuveiro a gás ligado é de R$ 0,53 por hora. Um similar convencional, aquecido a energia elétrica, custa R$ 5,30 para aquecer a água, no mesmo período.


O chuveiro ecológico pesa 3,2 kg. Não há necessidade de nenhuma obra para a instalação e não precisa de bateria ou pilha para o funcionamento do equipamento. De acordo com a engenheira Jorgea, o aparelho consome no máximo 120g/h de gás, o que equivale a um quarto do consumo dos aquecedores convencionais.

“Um botijão de 13 kg dura, em média, de 120 a 150 dias com banhos diários de uma hora. E cada botijão equivale a dez árvores de médio porte em termos de produção energética. Seu uso evita a queima, no Brasil, de 3,5 bilhões de árvores por ano”, contabiliza.

Jorgea conta que para alavancar o negócio procurou o Sebrae e hoje já vende o produto para dez estados brasileiros. “A instituição foi fundamental para o crescimento da minha empresa. Estamos com quatros novas invenções no forno para colocar no mercado”, adianta.

Rio+20

Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa. Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, o Sebrae é parceiro oficial da Rio+20.

O Sebrae representa 99,1% das empresas brasileiras, mais de 2 milhões de empreendedores individuais e 4,4 milhões de agricultores familiares: mais de 37 milhões de pessoas.

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