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Empreendedorismo muda vida de advogado

Nuttry Car é um carrinho que vende lanches, sucos e refrigerantes direto na mesa dos funcionários

Advogado Paulo Santana criou carrinho de lanches que atende funcionários de empresas sem cantina (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 15h33.

Brasília – A ideia de levar uma solução inovadora ao mercado de lanches vendidos nas empresas foi a resposta que o advogado Paulo Santana encontrou para transformar a inquietude que sentia – mas que ele não sabia definir o que era – em um novo rumo profissional. Essa inquietação era a chama do empreendedorismo , que ele conseguiu desenvolver com a ajuda de cursos na unidade de Santo Amaro do Sebrae em São Paulo.

O projeto do advogado ganhou corpo e nome. É o Nuttry Car, um carrinho com o qual começou a circular por escritórios dos centros financeiro e imobiliário de São Paulo vendendo lanches nutritivos, sucos e refrigerantes na mesa dos funcionários, sem que as pessoas precisassem sair dos seus lugares para comprá-los.

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Para dar cara e personalidade ao negócio, Paulo desenvolveu a própria marca e buscou produtos de qualidade. Embalados em pequenas porções, os lanches são fáceis de serem comercializados e consumidos. O cardápio oferece produtos como castanhas, frutas desidratadas ou mesmo o chocolate belga Callebaut, só encontrado por quilo em importadoras.

“Queria apostar em um projeto que trouxesse novidade, personalidade, mas que não se tratasse de uma franquia”, conta Santana. “Não saí do meu emprego para simplesmente montar uma empresa. Saí para ser empresário”, explica. A decisão só foi colocada em prática depois que ele passou por dois cursos do Sebrae.

O Nuttry Car tem nove meses de vida, mas foi planejado durante sete meses até ser lançado no mercado. Santana revela que o Sebrae ajudou em vários momentos de sua nova empreitada. Foi no curso Comece Certo que ele aprendeu a estruturar o seu modelo de negócios e decidiu tornar-se microempreendedor individual (MEI). “O grande diferencial do Sebrae é o suporte, o esclarecimento e apoio na parte burocrática do negócio para quem está começando. Ajuda muito ser atendido por alguém qualificado. É algo valioso”, elogia.


Ponto Fixo

O conceito do carrinho móvel vem, aos poucos, sofrendo mudanças e adaptações. Paulo Santana já pensa em levá-lo às portas de faculdades, hospitais e clínicas médicas. Recentemente, ele fechou um contrato com uma empresa da capital paulista para deixar seu produto em um ponto fixo e sem vendedor. Os produtos ficarão expostos no carrinho ao lado de uma máquina de cartão de crédito e débito. O próprio funcionário da empresa escolhe o que quer e passa o valor dos produtos no cartão. A diferença nas vendas, se houver, será coberta pela empresa.

Paulo já passou de microempreendedor individual (MEI) para microempresa. Há nove meses, só o dono trabalhava na Nuttry Car, que tinha apenas um carrinho. Hoje, nove carrinhos vendem os lanches e dez funcionários se dedicam ao negócio.

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