E-commerce: empreendedores terão a loja virtual criada em até cinco dias (Emilija Manevska/Getty Images)
Carolina Ingizza
Publicado em 9 de julho de 2020 às 19h19.
Última atualização em 9 de julho de 2020 às 23h42.
Em parceria com a empresa de meios de pagamentos Getnet, a marca de cosméticos Embelleze criou um programa para ajudar 2.000 empresas do ramo de perfumaria e de alimentos a vender online. A duas companhias irão criar uma loja virtual para cada um dos empreendedores inscritos, que terão um novo canal de vendas para operar. Para manutenção do serviço, a Getnet cobrará 39 reais por mês de cada lojista.
"Decidimos iniciar essa parceria para apoiar e manter o comércio em atividade, evitando que o setor de beleza sinta os impactos gerados pela crise”, comenta Jomar Beltrame, vice-presidente do Sistema Embelleze.
As empresas terão a loja montada em até cinco dias e poderão gerir os pagamentos em tempo real. Além da plataforma, a Getnet vai ajudá-los com fotos e descrições dos produtos, além de disponibilizar tutoriais sobre o funcionamento das lojas online. “O lojista consegue personalizar o e-commerce de acordo com sua identidade visual e ter um controle completo de suas vendas”, afirma Pedro Coutinho, presidente da Getnet.
De acordo com o Sebrae, 87% das micro e pequenas empresas brasileiras perderam faturamento por causa da crise. Para sobreviver, 45% delas optaram por mudar o modelo de funcionamento. Treze por cento disseram que começaram a vender por redes sociais na crise e outras 18% disseram que pretendiam começar em breve.
O e-commerce, como um todo, ganhou destaque. Segundo a consultoria Compre & Confie, as vendas online cresceram 81% só em abril em relação ao ano passado. Novas formas de pagamento também ganharam espaço. Levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços mostra que as transações não presenciais com cartões chegaram a 86,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 23,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além da iniciativa da Embelleze, outras empresas criaram ferramentas para ajudar o pequeno negócio a vender no mundo digital. A Loja Integrada, por exemplo, disponibiliza uma plataforma que os ajuda a se conectar com clientes, receber os pagamentos e enviar os produtos. Já o varejista Magazine Luiza lançou na pandemia o Parceiro Magalu, uma plataforma que oferece suporte de venda para MEIs e pequenas empresas.
O unicórnio brasileiro Ebanx também se mobilizou para ajudar os empreendedores. Especializada em pagamentos digitais, a empresa criou um sistema simplificado, o Ebanx Beep, para que os comerciantes de balcão consigam montar seu primeiro e-commerce. A startup Olist, por sua vez, decidiu criar uma ferramenta que funcionasse como uma vitrine virtual. A plataforma, chamada Olist Shops, permite que qualquer pessoa cadastre gratuitamente seus produtos em uma loja virtual com URL único.