Demita os desmotivados
Na minha empresa todo mundo é motivado. Quem não é que vá para a concorrência
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2012 às 05h00.
São Paulo - Dez anos atrás, passei por uma grande crise financeira e psicológica. Mas decidi me reerguer. Procurei os melhores profissionais e comecei uma nova empresa. Tinha fé de que tudo se resolveria, e dizia isso para eles.
As coisas foram bem mais difíceis que o previsto. Eu só tinha uma moto velha e cheguei a pedir o carro emprestado de um funcionário para fazer entregas. Às vezes, íamos todos a uma lanchonete almoçar. Aconteceu mais de uma vez de eu pagar a conta de todo mundo, mas eu mesmo não comer, pois faltava grana.
No final, deu tudo certo. Hoje, aquela empresa é a SID Signs. Completamos 23 anos e devemos faturar 80 milhões de reais neste ano. Temos 15 filiais no Brasil e uma no exterior. Recentemente, encontrei uma cliente daquela época difícil. Ela disse: "Sabe, Sidney, quando você contava os planos de abrir filiais lá fora eu ficava com dó. Achava você doido".
Muita gente diz que funcionário tem de vestir a camisa da empresa. Pois, para mim, a engrenagem só funciona com pessoas dispostas a tatuar o nome da empresa no peito. Aqui, todos são motivados, do diretor ao motoboy. Simplesmente demito quem não é. Acho extremamente desgastante ficar tentando motivar quem não está interessado em ser motivado. Concentro esforços para encontrar os felizes e deixo os outros para a concorrência.
Estou sempre me perguntando quem deve continuar comigo nos próximos cinco anos. Não adianta querer enxergar muito além disso, pois as pessoas mudam. As que são ideais hoje nem sempre serão amanhã. Também faço questão que me admirem e respeitem. O funcionário não precisa gostar de mim — e isso é bom, pois assim também não preciso gostar dele. Quero uma equipe com discordâncias e sentimentos. Quero gente de verdade — esse é o principal ingrediente de minha receita para empreender.
São Paulo - Dez anos atrás, passei por uma grande crise financeira e psicológica. Mas decidi me reerguer. Procurei os melhores profissionais e comecei uma nova empresa. Tinha fé de que tudo se resolveria, e dizia isso para eles.
As coisas foram bem mais difíceis que o previsto. Eu só tinha uma moto velha e cheguei a pedir o carro emprestado de um funcionário para fazer entregas. Às vezes, íamos todos a uma lanchonete almoçar. Aconteceu mais de uma vez de eu pagar a conta de todo mundo, mas eu mesmo não comer, pois faltava grana.
No final, deu tudo certo. Hoje, aquela empresa é a SID Signs. Completamos 23 anos e devemos faturar 80 milhões de reais neste ano. Temos 15 filiais no Brasil e uma no exterior. Recentemente, encontrei uma cliente daquela época difícil. Ela disse: "Sabe, Sidney, quando você contava os planos de abrir filiais lá fora eu ficava com dó. Achava você doido".
Muita gente diz que funcionário tem de vestir a camisa da empresa. Pois, para mim, a engrenagem só funciona com pessoas dispostas a tatuar o nome da empresa no peito. Aqui, todos são motivados, do diretor ao motoboy. Simplesmente demito quem não é. Acho extremamente desgastante ficar tentando motivar quem não está interessado em ser motivado. Concentro esforços para encontrar os felizes e deixo os outros para a concorrência.
Estou sempre me perguntando quem deve continuar comigo nos próximos cinco anos. Não adianta querer enxergar muito além disso, pois as pessoas mudam. As que são ideais hoje nem sempre serão amanhã. Também faço questão que me admirem e respeitem. O funcionário não precisa gostar de mim — e isso é bom, pois assim também não preciso gostar dele. Quero uma equipe com discordâncias e sentimentos. Quero gente de verdade — esse é o principal ingrediente de minha receita para empreender.