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Como funcionam as demissões por justa causa nas PMES?

Advogada explica motivos que configuram demissões por justa causa em empresas de pequeno e médio porte e os requisitos a serem cumpridos nessas situações

Demissão por justa causa: como funciona nas PMEs? (PeopleImages/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2021 às 12h51.

Por Adriana Pinton, sócia do escritório Granadeiro Guimarães Advogados

A demissão por justa causa, independentemente do porte da empresa, por se tratar da punição mais grave aplicada a um empregado, requer alguns cuidados. Antes de mais nada, é preciso verificar se a conduta do empregado realmente se enquadra como motivo para a demissão por essa modalidade.

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As situações mais comuns são: indisciplina, insubordinação, abandono de emprego, improbidade. A indisciplina estará configurada quando o empregado descumpre normas gerais da empresa. Já a insubordinação é o descumprimento de ordens diretas (desde que não sejam ilegais ou abusivas) que o empregado recebe de seu superior.

A improbidade, nada mais é, do que a desonestidade, que tanto pode ocorrer pelo furto de algum bem pertencente a outra pessoa (colega, cliente, etc.), como pelo desvio de dinheiro do empregador.

Também é possível a aplicação da justa causa quando o empregado descumpre as normas de segurança e saúde (art. 158, parágrafo único da CLT), como a recusa injustificada do uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

Além disso, alguns requisitos devem ser cumpridos:

Algumas condutas poderão gerar a demissão imediata do empregado, como ocorre em situações de adulteração de atestado médico ou furto. Outras poderão levar a uma punição mais branda (advertência ou suspensão), como ocorre nos casos de uma falta injustificada ao trabalho. É claro que se o empregado continuar faltando, injustificadamente, estará caracterizada a indisciplina, levando à demissão por justa causa.

É importante que a empresa tenha tudo documentado, porque em caso de uma ação trabalhista onde se discuta a validade desta demissão, caberá ao empregador comprovar a validade da justa causa.

Por isso, em caso de dúvidas, consulte um advogado, que saberá orientar não só quanto à viabilidade da aplicação da justa causa, mas também em relação aos subsídios para uma eventual defesa em um processo trabalhista.

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