Criatividade ajuda PME contra importados
Especialistas enfatizam a importância de ideias inovadoras durante o 4º Seminário Internacional de Design, em São Paulo
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2012 às 22h01.
São Paulo - A economia criativa pode ser uma das formas de os empresários brasileiros enfrentarem a crescente presença de produtos importados no país. “As importações irão crescer muito nos próximos anos porque o Brasil tornou-se estratégico para as grandes marcas mundiais, principalmente aquelas ligadas aos bens de consumo dos assalariados. Acreditem, a concorrência vai piorar”, alertou a consultora Lidia Goldenstein.
Nos dois últimos dias, em São Paulo, especialistas no assunto mostraram a importância do tema no contexto do desenvolvimento de empresas e mercado, durante o 4º Seminário Internacional de Design, que tem como tema Criatividade gerando negócios. O encontro faz parte do Inspiramais 2013 – Salão de Design e Inovação em Componentes, que termina nesta quinta-feira (26) e tem a parceria do Sebrae Nacional.
Considerada por especialistas como visão estratégica de futuro, a chamada economia criativa já é responsável por 10% do Produto Interno Bruto mundial. Relatório do Programa de Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) revela que entre 2000 e 2005 os produtos e serviços criativos mundiais cresceram a uma taxa média anual de 8,7%, resultado quatro vezes superior ao da indústria.
Para Lidia, os setores organizados da sociedade precisam cobrar de suas entidades e do governo políticas e subsídios para o desenvolvimento da indústria criativa. “Acredito na defesa da manufatura e em políticas modernas que possam atender ao setor”, enfatizou a consultora.
Especialista mundial no assunto, Lala Deheinzelin afirmou durante o seminário que as empresas ainda estão muito preocupadas com os aspectos tangíveis (máquinas, matérias-primas e produtos). “Isto é um erro. Os materiais são muito parecidos, mas a capacidade de gestão, inovação e diplomacia é que são difíceis de serem medidos, embora sejam fundamentais para a sobrevivência de um negócio”, exclamou.
Ideias criativas
Figura de destaque entre os palestrantes, o consultor inglês John Hawkins, “pai” do termo economia criativa, falou de princípios importantes que devem direcionar uma empresa: criatividade, liberdade e mercado. “Todo mundo nasce criativo, mas a criatividade precisa de liberdade. E a liberdade precisa chegar ao mercado. Queremos ter liberdade completa para pensar, expressar, explorar, descobrir”, afirmou.
Howkins colocou também para a plateia nove temas básicos que norteiam esse pensamento: novos mercados, novos contratos, competição e risco, educação, aprendizado, cidades, digitalização, direitos autorais e varejo.
Segundo ele, uma pesquisa da consultoria empresarial Mckinsey revelou que 70% dos novos empregos atualmente requerem criatividade. “As empresas estão pagando as pessoas para pensarem como melhorar processos e produtos”, concluiu o inglês.
São Paulo - A economia criativa pode ser uma das formas de os empresários brasileiros enfrentarem a crescente presença de produtos importados no país. “As importações irão crescer muito nos próximos anos porque o Brasil tornou-se estratégico para as grandes marcas mundiais, principalmente aquelas ligadas aos bens de consumo dos assalariados. Acreditem, a concorrência vai piorar”, alertou a consultora Lidia Goldenstein.
Nos dois últimos dias, em São Paulo, especialistas no assunto mostraram a importância do tema no contexto do desenvolvimento de empresas e mercado, durante o 4º Seminário Internacional de Design, que tem como tema Criatividade gerando negócios. O encontro faz parte do Inspiramais 2013 – Salão de Design e Inovação em Componentes, que termina nesta quinta-feira (26) e tem a parceria do Sebrae Nacional.
Considerada por especialistas como visão estratégica de futuro, a chamada economia criativa já é responsável por 10% do Produto Interno Bruto mundial. Relatório do Programa de Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) revela que entre 2000 e 2005 os produtos e serviços criativos mundiais cresceram a uma taxa média anual de 8,7%, resultado quatro vezes superior ao da indústria.
Para Lidia, os setores organizados da sociedade precisam cobrar de suas entidades e do governo políticas e subsídios para o desenvolvimento da indústria criativa. “Acredito na defesa da manufatura e em políticas modernas que possam atender ao setor”, enfatizou a consultora.
Especialista mundial no assunto, Lala Deheinzelin afirmou durante o seminário que as empresas ainda estão muito preocupadas com os aspectos tangíveis (máquinas, matérias-primas e produtos). “Isto é um erro. Os materiais são muito parecidos, mas a capacidade de gestão, inovação e diplomacia é que são difíceis de serem medidos, embora sejam fundamentais para a sobrevivência de um negócio”, exclamou.
Ideias criativas
Figura de destaque entre os palestrantes, o consultor inglês John Hawkins, “pai” do termo economia criativa, falou de princípios importantes que devem direcionar uma empresa: criatividade, liberdade e mercado. “Todo mundo nasce criativo, mas a criatividade precisa de liberdade. E a liberdade precisa chegar ao mercado. Queremos ter liberdade completa para pensar, expressar, explorar, descobrir”, afirmou.
Howkins colocou também para a plateia nove temas básicos que norteiam esse pensamento: novos mercados, novos contratos, competição e risco, educação, aprendizado, cidades, digitalização, direitos autorais e varejo.
Segundo ele, uma pesquisa da consultoria empresarial Mckinsey revelou que 70% dos novos empregos atualmente requerem criatividade. “As empresas estão pagando as pessoas para pensarem como melhorar processos e produtos”, concluiu o inglês.