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Conheça a empreendedora que virou youtuber (e vive disso)

Dona do canal de culinária Dani Noce no Youtube, empresária conta com mais de 750 mil inscritos.

Dani Noce e seu marido, os dois trabalham juntos no canal do Youtube (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2015 às 06h00.

Os primeiros “Youtubers” surgiram há alguns anos atrás, quando fazer um vídeo na internet não tinha pretensão de ganhar com publicidade e muito menos pensar em faturamento de outras formas. Tudo o que eles queriam era falar sobre o que gostavam e compartilhar isso na internet. De uns tempos pra cá isso mudou, tem muita gente que transformou seu canal no Youtube realmente em um negócio e conseguir empreender nessa área se tornou o sonho de toda uma geração. Por meio de publicidade do Google, os usuários que possuem mais visibilidade e frequência de produção ganham dinheiro com seus canais.

O Startupi conversou com Dani Noce, dona do canal de culinária Dani Noce no Youtube que conta com mais de 750 mil inscritos. Ela é formada em Desenho de Moda pela FASM, MBA de Luxo na FAAP e Master em confeitaria e panificação pela Lenôtre e transformou 100% seu canal em um empreendimento. E Dani não está sozinha nessa, seu marido, Paulo Cuenca, é quem produz e edita todos os videos dos episódios que aparecem no canal.

Dani sempre teve seu próprio negócio, foi dona de lojas por 8 anos e nunca trabalhou para uma empresa com carteira assinada ou algo do tipo. Mas seu canal no Youtube aconteceu por acaso, quando começou nem sabia que isso poderia dar algum dinheiro e, na verdade, não deu durante muito tempo. Ela começou a subir vídeos no Youtube apenas para conseguir ter um link para para disponibilizar o material para algumas produtoras. “Minha meta era fazer um piloto de um programa que gostaria que entrasse em alguma grade de TV”, conta ela.

Hoje existem diversos canais de gastronomia no Youtube e Dani acredita que seu diferencial seja a maneira descontraída que conduz o programa, onde o processo é mais importante do que o resultado, se algo der errado nesse meio, ele se mantém na edição. Ela destaca também a parte da produção, a forma como filmam e editam, a maneira como tratam a marca e principalmente, como se comunica com seu público.

Seu público é 78% feminino e tem entre 18 e 35 anos. Sua relação com eles é a mais próxima possível, ela conta que responde o máximo de emails e comentários que consegue e tenta sempre estreitar sua relação com cada um deles.

Para monetizar seu canal, ela trabalha com ad-sense, branded content e product placement. Mas também dá muitas palestras, consultorias sobre mercado digital, faz presença em eventos, licenciamentos de produtos, venda de programas para TV, produção para outros canais no YouTube e conteúdo original comissionado no aplicativo Snapchat.

Além do canal, ela também comanda o site de confeitaria I Could Kill For Dessert, para quem quer começar a aprender a fazer algo na cozinha, lançou dois livros o “Por Uma Vida Mais Doce” e “A Receita da Felicidade” e também uma linha de esmaltes.

“Uma das fontes de renda que vislumbramos e achamos que ainda é pouco explorada é a de licenciamento de produtos. Seja com conteúdo original em formato de livros, ou com parcerias com indústrias já estabelecidas em um formato de licenciamento onde eu entro com a minha marca e com uma colaboração criativa. De alguma maneira todas essas empreitadas são extensões da minha marca e uma materialização física do conteúdo que produzo no youtube e nos blogs. Quanto aos livros, eu fico responsável por toda a criação das receitas, textos, fotos e estrutura editorial, já os esmaltes defino cores e linguagem visual. A vantagem de fazer essa parceria com uma editora é a capitalização das vendas. Eles chegam em lugares (lojas físicas) que eu sozinha não conseguiria estar”, conta Dani.

Dani acredita que o cenário do empreendedorismo feminino no Brasil é mais uma conquista e um eco do papel cada vez mais presente da mulher na sociedade. “Do lado de criação para plataformas digitais, eu considero cada blogueira, cada youtuber e cada vlogger uma empreendedora, pois a geração de conteúdo diária é só a ponta do iceberg do trabalho dessa galera. Normalmente uma só pessoa cria, faz o comercial, o atendimento, a câmera, o som, a edição. O pessoal que trabalha nessa área acha curioso quando algumas pessoas perguntam se não temos um emprego de verdade, pois a carga de trabalho é imensa. Desse ponto de vista, milhares de mulheres acabaram tendo uma voz forte no entretenimento e em comentários sociais e políticos. Isso acaba fazendo parte de um coro, de uma equação que resultou no debate cada vez mais intenso sobre o papel da mulher na sociedade e sobre os preconceitos de gênero”.

Para 2016 os planos de Dani são mais livros, mais produtos licenciados, info produtos, produção e consultoria para marcas e canais digitais. “2016 será o ano em que o mercado de vídeos nas plataformas digitais vai estar mais em alta no Brasil e acreditamos na migração da verba publicitária da pay TV para o YouTube. Isso vai impulsionar muito conteúdo original com maior valor de produção e a agregação de canais geridos por criadores, não apenas pelas networks tradicionais. Com certeza queremos estar presentes nesse momento histórico, não precisamos mais achar que o digital é um trampolim para outro lugar, o digital é o lugar”, finaliza Dani.

Texto originalmente publicado no Startupi.

A chegada do final do ano é uma ótima oportunidade para reciclar os sonhos e colocar em prática aquela vontade de empreender. Para ajudá-lo nessa empreitada, selecionamos oito casos de sucesso que podem servir de inspiração para o seu projeto. Navegue pelas fotos acima e conheça as histórias desses empreendedores . *Colaborou Mariana Fonseca.
  • 2. Supera

    2 /10(Divulgação)

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    Ao buscar uma forma de ajudar o filho a entender matemática, o engenheiro aeronáutico Antonio Carlos Perpétuo acabou criando uma rede de escolas de ginástica para o cérebro, a Supera, que hoje tem 200 unidades. Antes da rede de escolas, Perpétuo teve outros negócios, como uma rede de lojas de sapatos. Mas ele não se sentia satisfeito. “Tinha uma coisa dentro de mim que dizia ‘não está bom’. Eu queria montar uma coisa inovadora”, conta.
  • 3. Macpoli

    3 /10(Divulgação)

  • A empresária Rafaella Giraldi começou a trabalhar como operadora de telemarketing e hoje é dona de uma rede de escolas, a Macpoli. “As pessoas falavam que eu era doida, que não ia dar certo, que havia muitos concorrentes no mercado", lembra. Assim como a empresária, muitos novos empreendedores enfrentam resistência de familiares e amigos. O importante é nãos e deixar abalar.
  • 4. Gracom

    4 /10(Divulgação)

    Perceber uma demanda reprimida e investir na ideia: essa é uma das principais características dos empreendedores e foi o que levou Diego Monteiro a ter sucesso com sua empresa, a Gracom. Monteiro nunca trabalhou com tecnologia, mas percebeu uma demanda por cursos de computação gráfica no Norte e no Nordeste do país. Hoje, sua rede de escolas tem 15 unidades e deve fechar 2015 com faturamento de 21 milhões de reais.
  • 5. A Tal da Castanha

    5 /10(Divulgação)

    O grande conhecimento sobre um produto serviu de incentivo para o empreendedor Felipe Carvalho abrir seu próprio negócio. Dono da marca A Tal da Castanha, que oferece produtos feitos com castanha de caju, Carvalho começou a trabalhar na empresa do pai, que vende castanhas no atacado. Seguindo a tendência da alimentação saudável, a empresa deve fechar o ano com faturamento de 5 milhões de reais.
  • 6. Banda da empresa Webradar

    6 /10(Márcio Pereira/Divulgação)

    Não basta ter uma boa ideia e conhecimento para executá-la. Para ter um bom negócio, é preciso investir na equipe que trabalha com você. Foi pensando nisso que a empresa de tecnologia Webradar decidiu pagar aulas de música para seus funcionários. “Nosso dia a dia exige muita atividade intelectual e inovação. Por isso, buscamos alternativas para estimular a criatividade e ao mesmo tempo de fugir da repetição diária”, conta o CEO Adriano Lima.
  • 7. Popooyo

    7 /10(Divulgação/HOOPP Studio)

    Às vezes, a oportunidade para um negócio chega de surpresa. Foi o que aconteceu com a empreendedora Ana Baravelli. Ela não trabalhava com comida, mas começou cozinhar para um amigo. A ideia deu tão certo Ana passou a receber encomendas de bentôs (espécie de marmita japonesa). Foi o início de sua empresa, a Popooyo, que entrega essas marmitas em casa para vários bairros de São Paulo.
  • 8. Tartuferia San Paolo

    8 /10(Divulgação)

    Garantir que o consumidor possa pagar pelo seu produto é importantíssimo para a saúde de um negócio. Para o empresário Lalo Zanini, este é o ponto fundamental. Em 2014, Zanini abriu a Tartuferia San Paolo, um restaurante que leva trufas em todos os pratos. “Nosso prato mais barato é um pão de queijo com trufa, vendido a dez reais. Meus preços vão até 65 reais, bem baixos para esse produto”, afirma Zanini. Para facilitar ainda mais, o empreendedor agora também parcela a conta do cliente.
  • 9. Magari Blu

    9 /10(Divulgação)

    Largar o emprego e investir num negócio próprio é um sonho que muitos empreendedores já tiveram. Para Ana Maria Junqueira isso virou realidade. Ela trabalhava num escritório de advocacia, mas decidiu deixar a segurança do emprego fixo e investir em seu blog de viagens, o Magari Blu. “Foi um projeto de qualidade de vida, para fazer algo que eu amo”, lembra a empreendedora.
  • 10. Ficou inspirado? Veja agora ideias de negócio inusitadas

    10 /10(Thinkstock)

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