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Como lidar com a concorrência no meu negócio?

Quando surge um novo concorrente no mercado, é comum que empreendedores do setor se sintam ameaçados. O que fazer para não perder espaço?

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Concorrência: Veja dica para não ficar para trás na disputa pelo cliente (shironosov/Thinkstock)

Concorrência: Veja dica para não ficar para trás na disputa pelo cliente (shironosov/Thinkstock)

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Angelina Stockler, especialista em varejo

Publicado em 27 de junho de 2017 às, 15h00.

Última atualização em 27 de junho de 2017 às, 15h00.

Assim como em qualquer desafio da vida, preparar-se é o primeiro quesito para ser vencedor. O segundo é conhecer o seu oponente em minúcias, observando seus pontos fortes, munindo-se de estratégia para minimizá-lo, e também os fracos, enaltecendo-se sobre estes seus diferenciais.

No mundo dos negócios ocorre da mesma forma. Como disse Sun Tzu, se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas (A Arte na Guerra). Contudo, há outros aspectos a serem levados em consideração, inclusive antes de montar o negócio.

A localização do ponto comercial, por exemplo, pode ser uma importante arma de ataque e, por isso, requer a análise detalhada quanto à visibilidade, acesso ao local, circulação de pessoas, perfil dos moradores da região, condições da instalação, fatores financeiros e, claro, se há concorrentes no entorno. Caso sim, estabelecer os pontos-chave, dentre esses elencados, que farão com que o cliente passe a ir na sua loja em detrimento da outra, ali já estabelecida.

É claro, que o fator “novidade” sempre atrai o público no início da operação, mas sustentar o fluxo e atraí-lo recorrentemente requer outras estratégias e é sobre elas que trataremos a seguir.

No caso de ocorrer o contrário, por exemplo, com um concorrente abrindo uma loja propositalmente (ou não) nas imediações do seu ponto de venda, vale lembrar o que diz Stefan Persson, fundador da H&M: “Lealdade não é conquistada por quem chegou primeiro. É conquistada pelo melhor”.

Desta forma, a concorrência nova incomodará, sem dúvidas, mas faz parte do jogo e é saudável para o mercado e para os consumidores terem mais opções, podendo valorizar um ou outro aspecto entre as marcas, de acordo com suas preferências. Vale lembrar que concorrentes próximos ajudam a configurar o local como polo especializado naquele segmento, atraindo uma clientela direcionada para aquele fim, exercendo, portanto, uma influência maior sobre o consumidor do que uma loja isolada poderia ter.

Atenção: Atitudes precipitadas para contornar a presença de concorrentes podem ser ainda mais prejudiciais. Entrar numa batalha de preço, por exemplo, não é uma das saídas mais inteligentes, a menos que seja essa a proposta do negócio: oferecer o menor preço.

O recomendável mesmo é estudar e pesquisar a fundo o outro competidor: quais os produtos e serviços semelhantes ao seu, o que estão oferendo, o posicionamento de mercado, qualidade, proposta de valor, mix etc. Utilize estrategicamente também o benchmarking, como fazia sabiamente o fundador da rede de lojas de departamento Wal-Mart, Sam Walton: vá até o concorrente, conheça suas práticas e se espelhe para fazer algo semelhante na sua loja, ou melhor ainda.

Por esse viés, a concorrência pode ser a bússola para orientar e impulsionar o empresário a melhorar seu negócio, buscando novos mercados e saídas para encantar o consumidor, de maneiras que vão além de só ofertar um produto ou serviço equivalente aos demais. Um exemplo disso é investir em treinamento para que os funcionários possam encantar o cliente, mostrando a importância dele para a loja.

Ademais, bônus como consultoria com informações relevantes e diferenciadas sobre o produto ou serviço ofertado; entrega a domicílio; e atendimento personalizado, conhecendo o consumidor e seus hábitos, são algumas formas de se diferenciar.

Ou seja, é destacar o ponto forte do seu time e partir para o ataque para vencer a partida. Porque, certamente, o cliente verá a diferença.

Por mais que a novidade atraia as pessoas, é importante usar a inteligência e mostrar aos clientes que, em sua loja, eles são especiais – entendendo sua dor e atendendo-a, seja através de velocidade ou agilidade, atendimento, transparência, entrega, confiança, preço ou outros aspectos intrínsecos ao negócio.

Como dizia o mestre do encantamento ao cliente, Walt Disney: “Você não constrói nada sozinho. Você descobre o que as pessoas querem e constrói para elas”.

Angelina Stockler é sócia-diretora da consultoria ba}STOCKLER.

Envie suas dúvidas sobre varejo para pme-exame@abril.com.br.

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