Como este empreendedor faturou R$ 3 milhões com tapetes
Dono do Grupo Kapazi criou, em 2015, a primeira rede de franquias de tapetes do país, que já tem mais de 100 unidades
Anderson Figo
Publicado em 14 de abril de 2017 às 07h00.
Última atualização em 14 de abril de 2017 às 07h00.
São Paulo — Eles normalmente dão as boas-vindas quando você visita algum lugar, e fazem falta em superfícies molhadas ou escorregadias. Para Joserli Perez Kapazi, os tapetes e capachos são imprescindíveis em estabelecimentos comerciais ou até mesmo em casa —e ele enxergou neste mercado uma oportunidade para faturar milhões.
Começou na faculdade, quando uniu o gosto por desenhos com a paixão por motos. Desenhava a moto em um papel, colocava em um retroprojetor e tinha a imagem na parede ou em qualquer outra superfície que ele quisesse.
"Nesta época, o 'Seu Perez', como é conhecido, trabalhava com impermeabilização de sofás e, logo em seguida, começou a vender tapetes para uma empresa. Foi quando ele pensou: por que não usar o retroprojetor e os desenhos para personalizar tapetes e ganhar dinheiro com isso? Assim nascia, há 39 anos, a marca Kapazi", explica Salim Felisbino, gerente de expansão do grupo.
No início, 'Seu Perez' fazia a venda porta em porta e confeccionava cada personalização de produto na mão. Com grande demanda local, foi possível juntar umas economias para abrir a fábrica própria em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.
A iniciativa permitiu não apenas a automatização dos processos, mas também a diversificação do portfólio de produtos, que foi ampliado.
Mas a necessidade de expandir o serviço para todo o país apertou, e a solução veio em 2015, quando o grupo criou a Cooper Kap —a primeira rede de franquias de tapetes do país, segundo o Kapazi.
O modelo de negócio é tão simples que deu certo: de lá para cá, já são 106 franqueados espalhados por todo o país e a expectativa da companhia é ter 250 até o fim 2018. Apenas em 2016, o faturamento da rede foi de 3,2 milhões de reais. Para este ano, a projeção é de 5,5 milhões de reais.
A chave do sucesso está na facilidade, já que tudo o que os franqueados precisam é de um tablet. Eles trabalham em sua própria casa e fazem o horário que quiserem.
"É simples: o franqueado leva o tablet com o mostruário dos serviços, que contempla mais de 2 mil produtos, faz a compra diretamente com a indústria e vende para o cliente, com sua margem de lucro", explica Felisbino.
A taxa de franquia é de 7.990 reais, sendo 2.990 reais para o treinamento e materiais de apoio, e 5 mil reais em créditos para a encomenda de produtos.
"Normalmente, os franqueados aplicam uma margem de lucro de 200% a 250%, dependendo é claro da demanda na região em que eles atuam, mas em alguns casos há quem consiga aplicar uma margem de até 400%", afirma o gerente de expansão. "Tem quem consiga faturar 70 mil reais por mês."
Segundo Felisbino, o ticket médio é de 1,2 mil reais por pedido. "Para compras de até 1,5 mil reais, o franqueado paga o frete da entrega dos produtos de Curitiba até seu destino. Para compras acima desse valor, o frete para o franqueado é grátis", completa.