Como este croissant recheado virou o queridinho no Brasil
A rede Croasonho produz 18 mil croissants por dia para 73 lojas. A seguir, seu sócio conta como conquistou tantos apaixonados pela franquia
Júlia Lewgoy
Publicado em 7 de maio de 2017 às 08h00.
Última atualização em 7 de maio de 2017 às 08h00.
São Paulo - “Me leve, por favor”, “tire esse mês de folga do mundo fitness” e “esperando ansiosa por esse encontro” são apenas alguns comentários dos apaixonados pela Croasonho no Facebook . Com quase um milhão de seguidores, a rede gaúcha de croissants virou queridinha não só nas redes sociais, mas no Brasil todo.
A franquia de croissants recheados tem 73 lojas em 17 estados brasileiros. São 18 mil croissants produzidos por dia.
A marca foi criada há 20 anos pelo casal André Hanquet e Regina Severo, que desenvolveu uma receita artesanal de croissant e abriu sua primeira loja na praia de Atlântida, no Rio Grande do Sul. Mas o boom do negócio aconteceu só dez anos depois.
“Conheci a Croasonho na praia como consumidor e amei”, conta um dos sócios, Gustavo Susin. Empreendedor em Caxias do Sul, na serra gaúcha, ele e o melhor amigo, Eduardo Silva, queriam investir em uma franquia para complementar a renda. Então, propuseram ao casal fundador abrir uma loja em sua cidade, que venderia o mesmo produto, mas com outra cara.
“Passamos 45 dias imersos pesquisando o mercado. Chamamos uma amiga arquiteta para criar um ambiente aconchegante, com entretenimento, que vendesse não só croissants, mas experiências gastronômicas”, relata Susin.
No primeiro mês, os novos sócios venderam o dobro do planejado. Assim como eles, outros empresários gaúchos pediam para abrir Croasonhos em suas cidades.
Franquia como renda extra? Que nada. Era hora de investir na expansão do negócio.
“Começamos pelas cidades mais próximas e só depois fomos para São Paulo”, conta Susin. A rede fatura 90 milhões de reais por ano e planeja abrir mais 12 lojas em 2017.
Até hoje, todos os croissants são produzidos no Rio Grande do Sul e levados congelados para o resto do Brasil. Boa parte do processo ainda é manual. “Nosso processo é de padaria”, explica Susin.
Franqueados
Os sócios recebem cerca de dez pedidos por semana de gente interessada em abrir a franquia, mas o filtro é grande. Só é possível abrir um Croasonho em cidades com mais de 150 mil habitantes, com investimento inicial a partir de 700 mil reais na franquia tradicional.
Para acelerar a expansão em meio à crise econômica, a marca lançou um modelo de franquia mais econômico, com cardápio enxuto e investimento inicial a partir de 450 mil reais.
A relação da nave mãe da Croasonho com os franqueados é bastante íntima. Foi sugestão deles, por exemplo, criar coissants recheados com ingredientes típicos de cada região e ter páginas locais no Facebook, além da página principal. “Temos uma relação muito transparente e todos sabem seus direitos e deveres, inclusive nós, franqueadora”, diz Susin.